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Pedro Brito quer solução para passivo da Codesp

Valor Econômico - 24/05/2007

O passivo da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), de R$ 806 milhões (US$ 396,28 milhões), considerado um dos maiores gargalos do porto de Santos, por inibir investimentos, poderá ser solucionado a curto prazo. Duas hipóteses estão em jogo neste momento: sua absorção pela União, que é a acionista majoritária do porto, ou a criação de uma sociedade de propósito específico (SPE), que separe o passado do presente e com as novas receitas operacionais destrave o crescimento do porto paulista. As duas alternativas foram apresentadas ontem pelo ministro Pedro Brito, da Secretaria Especial de Portos, recentemente criada no segundo mandato do governo Lula. Segundo Brito, a concretização dessa saída para o passivo da Codesp já justificaria a criação da secretaria, que absorveu funções do Ministério dos Transportes. O ministro disse que foi formado um grupo de trabalho para solucionar o obstáculo, com a participação de representantes da Casa Civil, Advocacia Geral da União e da Secretaria de Portos. "Espero ter a solução em 60 dias", afirmou Brito. Outra solução, que corre em paralelo, é a da cobrança de créditos da empresa portuária. Esse valor soma R$ 884 milhões (US$ 434,63 milhões) e seria suficiente para cobrir todo o passivo. "Vamos empregar todos os meios nessa direção, de preferência amigáveis", ponderou. Segundo Mauro Marques, diretor financeiro da Codesp, os quatro maiores devedores são a Libra Terminais, com R$ 500 milhões (US$ 245,83 milhões); a Cosipa, com R$ 270 milhões (US$ 132,75 milhões); e a Transchen e a Rodrimar, com R$ 15 milhões (US$ 7,37 milhões) cada uma. "A dificuldade está em que essas empresas não reconhecem os montantes das respectivas dívidas e todas são objeto de ações judiciais", informou o diretor.