26/12/12 15h58

Parque Tecnológico trabalha por independência financeira

O Vale

Entre os planos dos próximos dois anos está a construção do segundo centro empresarial para abrigar mais 50 empresas

Em expansão com a chegada de novas empresas, o Parque Tecnológico de São José quer diminuir a dependência de recursos públicos e se auto sustentar.
A meta, que deve ser alcançada em alguns anos, projetos e desafios para 2013 e o balanço de 2012 foram revelados em entrevista exclusiva ao O VALE.
Seis meses à frente do Parque, Horácio Forjaz avalia o período como bom, de interação com a comunidade e empresas interessadas em se estabelecer na cidade.
Nesse tempo, deu início à construção do Centro Empresarial 2, com previsão de inauguração em 2014. Serão dois pavimentos com espaço para mais 50 empresas.
“O Centro Empresarial 2 vai triplicar a absorção de novas empresas de base tecnológica, inovadoras. É o projeto mais importante para 2013”, afirmou o diretor do Parque Tecnológico.
A chamada pública vai ocorrer no segundo semestre do ano que vem, até novembro. Mas, ainda no primeiro trimestre, o Parque realizará eventos.
“O Parque tem toda infraestrutura física necessária para que essas empresas sejam impulsionadas aqui”, disse o diretor.
Segundo ele, o objetivo é atrair pequenas e médios empreendedores que queiram investir no Brasil e no centro de pesquisa. A escolha será feita por especialistas. Hoje, o Centro Empresarial 1 emprega 300 pessoas. Já o CE2 deve abrir 600 novas vagas.
O ano que vem, 2013, deverá ser um ano de grandes conquistas, como aponta Forjaz. Uma delas, em negociação avançada, é a vinda de duas grandes empresas para o Parque.

Objetivo. Neste caso, o objetivo de que essas novas empresas se estabeleçam em São José é que elas invistam na construção dos seus centros próprios de pesquisa na cidade.
“Ainda não podemos revelar porque é um processo delicado. O fato é que hoje existe o interesse de grandes empresas multinacionais em investir no país, com mercado atrativo e amadurecido”, afirmou.
Segundo Forjaz, a vinda dessas duas grandes empresas deverá ser anunciada ainda em 2013 e serão gerados cerca de 50 novos empregos.
Já concretizada, e não menos importante, é a instalação da Unesp (Universidade Estadual Paulista). O primeiro curso, já para 2013, será o de Engenharia Ambiental. Outros cursos deverão ser implantados ao longo dos anos.
“Assim, consolidamos cada vez mais a imagem, nos tornamos vitrine”, afirmou Forjaz.

Desafio. A busca da sustentação é um dos desafios mais complexos e importantes, avalia o diretor. Um projeto que deve demorar entre 5 e 10 anos é visto como fundamental para que o Parque caminhe, quase que totalmente, com as próprias ‘pernas’.
Hoje, o centro sobrevive com investimentos de 80% do poder público municipal, estadual e federal. Desses, 47% são da prefeitura de São José, no valor de R$ 13 milhões ao ano, com trabalhos de gestão, manutenção e investimentos em melhorias. Os 20% restantes são de receitas próprias.
“Não podemos depender de verbas do poder público eternamente. Nós temos o dever de buscar receitas próprias”.
Essa auto sustentação deve ser feita aos poucos. Um dos mecanismos é prover serviços de laboratórios multiusuários, existentes no Parque, de acordo com Forjaz.

Cidade oferece ‘capacidade intelectual’
São José dos Campos

‘Quando São José aposta em empresas inovadoras e tecnológicas, está apostando em seu futuro’. As palavras foram ditas pelo diretor do Parque Tecnológico de São José, Horácio Forjaz, quando questionado sobre a possível geração de novos empregos.
Segundo ele, as pequenas, médias e grandes empresas têm interesse também no profissional da região.
“Para que as empresas transformem seus produtos em sucesso, é necessário pessoal qualificado e preparado. E isso São José e todo o Vale tem com muita qualidade”, afirmou.
Com a inauguração do Centro Empresarial 2 em 2014, pelo menos 50 novas empresas devem contratar 600 pessoas. Outras 50 vagas devem ser abertas com a vinda de duas grandes empresas, ainda com os nomes não divulgados.
“A cidade oferece capacidade intelectual, um diferencial importante”, disse o diretor.
Ao longo de cinco anos, o objetivo é que o número de empregos dobre, saltando e 1.500 para 3 mil.
“São José tem bons índices sócio-econômicos e cientificamente aqui tem os engenheiros que toda empresa quer”.