09/03/15 14h13

Parque Tecnológico abriga mais 20 patentes

Veja Online

Prestes a completar três anos de atividades no mês de junho, o Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS) vem cumprindo as expectativas de quando foi planejado pela Prefeitura local: atuar como um órgão articulador entre os meios acadêmico e empresarial, transformando o conhecimento em produção. São pesquisas desenvolvidas por universidades e faculdades em empresas nas mais diversas áreas, que resultaram em mais de 20 patentes registradas - ou em processo de análise -, inserindo definitivamente Sorocaba no cenário tecnológico nacional.

O PTS abriga em, um mesmo ambiente, laboratórios de pesquisas em diversas áreas do conhecimento, como Tecnologia da Informação (TI), Automotiva, Alimentos, Metal-Mecânica, Mineração, Hidromecânica, Materiais e Biomedicina. Estes estudos são comandados por seis universidades e faculdades (Poli-USP, UFSCar, Unesp, Fatec, Uniso, Facens e Puc-SP) e 33 empresas, como Scania, FIT, Metso, C.E.S.A.R. e Bardella, entre outras.

Entre os produtos desenvolvidos no Parque Tecnológico e que já chegaram ao mercado, está o Lev, leitor digital lançado ano passado por uma das principais editoras e livrarias do País (Editora Saraiva). A loja virtual que permite o comércio online de livros foi desenvolvida no PTS pelo Centro de Estudos Avançados do Recife (C.E.S.A.R.).

IDEIAS INOVADORAS - O coordenador de operações do PTS, Marcelo Ferreira, explica que boa parte das mais de vinte patentes registradas ou em processo de análise provém das dezenove startups abrigadas no Parque. "Uma startup é uma empresa nova, em fase embrionária ou de constituição, que conta com projetos promissores, ligados à pesquisa, investigação e desenvolvimento de ideias inovadoras", explica ele.

Atualmente, o PTS abriga as startups: Seip 7, Ferrari Laser, RD&S, Focus, Conti, HBL, Rabisquesdo, Tey, Artevidreira, Claeff, Pilout, Mobelly, Alyson, Oscar, Ohhypea, Devbeat, Map4 e Macrovise. A maioria delas atua na área de TI, mas há também iniciativas em segmentos como energia eólica, eletroeletrônica, automação, etanol e brinquedos.

Outra novidade desenvolvida por uma startup do Parque Tecnológico de Sorocaba é o Weather Link 100 (W-Link 100), concebido pela BioSpace Desenvolvimento de Tecnologia Ltda.. O equipamento - uma espécie de `biruta eletrônica - foi criado para oferecer mais segurança durante o voo e em pouso e decolagens das aeronaves, fornecendo dados precisos sobre direção do vento, velocidade da rajada, temperatura e pressão atmosférica.

ARTICULAÇÃO DE PARCERIAS - Mantida pela Prefeitura, a Empresa Municipal Parque Tecnológico de Sorocaba (EMPTS) - nome original do Parque Tecnológico - busca por parcerias e implantação de projetos por meio de articulação da Agência de Inovação (Inova), fiscalizada por um conselho formado por representantes de empresas, universidades e entidades representativas. O presidente da EMPTS, Flaviano Lima, enfatiza que a atuação dos dois órgãos é fundamental no desenvolvimento de projetos a partir da sintonia entre empresas e universidades. "Unir todos os esforços para que o Parque Tecnológico de Sorocaba continue crescendo e se desenvolvendo, se confirmando como referência em todo Brasil e no Exterior na produção tecnológica e na inovação é primordial", finaliza.

A opinião é partilhada pelo presidente da Inova, Pedro Vial. "Os trabalhos da Inova com o Parque Tecnológico são complementares, o que resulta em benefícios para toda a população", comenta. A atuação conjunta entre Poder Público, empresas e meio acadêmico também é favorável na visão do presidente do conselho da Inova, Erly de Syllos, igualmente: "Sorocaba está saindo na frente com esta integração entre os meios produtivos e acadêmico. Neste momento, em que o País enfrenta uma crise com dificuldades econômicas e demissões, esta sintonia e este conceito de Sorocaba Tecnológica é uma forma bastante positiva para atrair empresas de tecnologia. E o Parque Tecnológico é uma grande alavanca deste trabalho", destaca Syllos.