17/12/18 12h22

Parque Ecológico Imigrantes será aberto a visitas

O espaço foi batizado de Parque Ecológico Imigrantes (PEI), um empreendimento particular, mas com entrada gratuita mediante agendamento virtual

Estadão

E se o caminho em direção ao mar tiver uma parada para outro tipo de mergulho? Um novo parque inaugurado às margens da Rodovia dos Imigrantes, a 35 quilômetros do centro de São Paulo, promete uma imersão dentro da Mata Atlântica, em um caminho frequentado por antas, bugios e borboletas maiores que a palma de uma mão.


O espaço foi batizado de Parque Ecológico Imigrantes (PEI), um empreendimento particular, mas com entrada gratuita mediante agendamento virtual. As visitas começam em 15 de janeiro, com o máximo de 50 pessoas por data, em dias úteis e exclusivamente no período entre 9 e 14 horas, por causa da neblina que costuma subir na região pela tarde.
A área, de 484 mil metros quadrados, fica em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A nova unidade interliga as margens da Represa Billings, um dos mais importantes reservatórios de água da Grande São Paulo, com o Parque Estadual da Serra do Mar.


O caminho principal é feito por uma passarela em meio às copas das árvores e um funicular. O transporte leva a um mirante, do qual é possível avistar a rodovia de um lado, e, de outro, a mata.


O trajeto é todo adaptado para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. Há, ainda, a opção de fazer cinco trilhas distintas, uma delas passando por baixo da passarela.


“A sensação de andar sobre a copa das árvores é única. Quando se fala em parque, geralmente se está andando embaixo delas”, compara Márcio Koiti Takiguchi, integrante do comitê executivo do parque.


A ideia do PEI é desenvolvida há 10 anos pela Fundação Kunito Miyasaka, que reúne empresários de origem nipo-brasileira. “A gente não queria que fosse um parque comum, igual a todos”, afirma Takiguchi.


100% sustentável. Ele ressalta que o projeto preza pela sustentabilidade, utilizando materiais recicláveis e técnicas de baixo impacto ambiental, além de captar energia eólica e solar. Até mesmo os resíduos sólidos produzidos nos banheiros também vão se transformar em adubo gotejado no meio da floresta.


Para Takiguchi, o parque tem uma “pegada muito forte” na área educacional, embora também deva atrair empresas e famílias. A ideia é fazer treinamentos com professores antes das visitas, embora todas sejam monitoradas.


Existe a previsão de construir um espaço multiúso para seminários e workshops e um anfiteatro. Estuda-se, ainda, parcerias com universidades e instituições científicas para captação de informações sobre o clima da região. Hoje, um sistema de câmeras instalado na área de mata já captura imagens da fauna local.