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Parceria para aumentar o consumo de filmes plásticos

Gazeta Mercantil - 29/07/2008

Não importa o conteúdo, se o pacote for plástico provavelmente ele é feito de polipropileno biorientado, mais conhecido pela sigla BOPP, um filme plástico fininho e de alta resistência que cada vez mais é utilizado para acondicionar uma infinidade de produtos, que vão desde caixas de bombons a maços de cigarro. Sua versatilidade é tanta, podendo se parecer até mesmo com papel, que este mercado já movimenta mais de 130 mil toneladas e cresce, em média, 10% por ano. Sua espessura fininha, que reúne alta transparência à resistência, funciona como uma barreira, tanto para aumentar a vida útil dos produtos como para melhorar a qualidade de impressão de rótulos e embalagens. Dessa forma, possibilita uma infinidade de uso com menor utilização de matéria-prima. Ou seja, reduz o lixo final, porque pesa menos. Mas a qualidade mais importante é a ampliação da validade dos alimentos proporcionada pela alta resistência do plástico que impede a entrada do oxigênio, umidade etc. Os alimentos, inclusive, respondem por cerca de 70% do consumo total deste produto no mercado. Não é a toa que empresas como a Vitopel e a Polo Films, da Unigel Química já anunciaram investimentos significativos para elevar a produção. A Polo aplicou R$ 100 milhões (US$ 62,5 milhões) na instalação da terceira linha de filme de polipropileno biorientado em sua fábrica de Montenegro (RS), próxima ao pólo petroquímico de Triunfo (RS), elevando sua capacidade em 50%. Já a Vitopel, cujo market share chega a 55% do mercado brasileiro e 60% do argentino, vai gastar US$ 55 milhões nos próximos dois anos na instalação de uma nova fábrica, que deve ser instalada no interior de São Paulo, em uma das suas duas unidades (Mauá ou Votorantim). Até mesmo a Videolar, tradicional fabricante de mídias gravadas e virgens, também decidiu diversificar a área de atuação e investir US$ 100 milhões na construção de uma fábrica de polipropileno biorientado. A nova unidade deve entrar em operação no segundo semestre de 2009 e terá capacidade de produção de 75 mil toneladas. Com todo esse interesse, os fabricantes já se organizam dentro da Associação Brasileira de Filmes Flexíveis (Abrafilme) para elaboração de uma campanha, orçada em US$ 4 milhões, com objetivo de difundir entre as indústrias os inúmeros usos do BOPP, além de frisar conceitos de padronização e normas para produtos.