17/06/11 11h51

Para diversificar, H-Buster vai além do som automotivo

Valor Econômico

No mercado de tecnologia da informação (TI), uma das estratégias importantes para os fabricantes de equipamentos é ter uma linha de produtos variada, que permita à empresa evitar problemas com a queda nas vendas de um aparelho em um determinado período. A ideia é que se um computador vende pouco, outro produto, como um celular ou tablet, pode ter um desempenho melhor e compensar possíveis perdas.

É essa a lógica que está por trás dos investimentos de empresas como Apple, Hewlett-Packard (HP) e Dell nos segmentos de tablets e smartphones, e que está levando a fabricante brasileira de aparelhos de som automotivo H-Buster para o segmento de notebooks. Com investimento de R$ 50 milhões (US$ 31,3 milhões), a companhia está montando uma fábrica na região de Cotia. A unidade - a terceira da empresa no país -, será inaugurada no mês que vem e planeja empregar inicialmente 600 funcionários. Quando estiver em sua capacidade máxima, poderá fabricar 250 mil equipamentos por ano, segundo Guilherme Ho, presidente e co-fundador da H-Buster.

O objetivo é inaugurar a unidade em julho e começar a vender os notebooks em setembro. Serão dois modelos que terão como público-alvo consumidores das classes B e C, os principais compradores de produtos da H-Buster. Os preços dos equipamentos ainda não foram definidos. O projeto dos notebooks foi encomendado à Haier, marca chinesa de produtos eletrônicos e eletrodomésticos que tem 70 mil funcionários em todo o mundo. No Brasil, os equipamentos serão vendidos com a marca H-Buster.

De acordo com Ho, o plano da H-Buster não é disputar mercado diretamente com fabricantes como HP, Positivo, Dell e Lenovo. A estratégia é a diversificar sua linha de produtos. "Como uma empresa de eletrônicos, precisamos estar atentos ao mercado e ter produtos disponíveis. Caso contrário, corremos o risco de sumir do mercado", diz o executivo. Segundo ele, a oferta de mais produtos também tem sido uma demanda das redes varejistas. "Elas querem ter opções de fornecedores para poder negociar preços e condições de entrega. Quanto mais produtos você tiver para oferecer, melhor", diz. Nos planos de Ho, estão a entrada nos mercados de tablets e telefones celulares, que poderão ser feitos em Cotia.