09/09/09 09h54

País sobe pelo 2º ano seguido entre os mais competitivos

Folha de S. Paulo

O Brasil avançou pelo segundo ano consecutivo no ranking das economias mais competitivas do mundo, porém permanece em uma posição intermediária quando o quesito é a produtividade do país. O país aparece como a 56ª nação mais competitiva do mundo, oito postos mais bem colocado que na lista de 2008 e atrás de lugares como Azerbaijão, Malta e Costa Rica, segundo levantamento elaborado pelo Fórum Econômico Mundial.

Para os especialistas consultados pelo estudo, porém, o Brasil é visto como o país que deve ter a sua competitividade afetada mais favoravelmente pela crise global no longo prazo. Isso se explica por alguns motivos, como o tamanho do mercado interno brasileiro (que torna o país menos dependente das exportações), produção diversificada e mercado financeiro desenvolvido.

O "impressionante" avanço do Brasil na lista nos últimos dois anos (era o 72º colocado no levantamento de 2007) é resultado, afirma o fórum, "dos importantes passos tomados nos anos 1990 em direção à sustentabilidade fiscal assim como das medidas adotadas para liberalizar e abrir a economia". O estudo elogia ainda o setor de negócios: diversificado, sofisticado e com um potencial significativo de inovação.

No entanto, o estudo também alerta sobre vários fatores que impedem o Brasil de subir mais na lista e se aproximar não só dos países desenvolvidos como também de emergentes como China (29º) e Índia (49º). São itens como ambiente institucional (excesso de regulação, corrupção, falta de transparência etc.), estabilidade macroeconômica e eficiência dos mercados de bens e de trabalho. Além disso, a educação precisa ser melhorada em todos os níveis e é preciso "um esforço especial" para reduzir as altas taxas de abandono escolar e as disparidades regionais.