28/09/09 10h52

País ficou interessante para os estrangeiros

O Estado de S. Paulo

Na multinacional de produtos de limpeza e higiene Reckitt Benckiser, uma das principais mudanças decorrentes da nova posição do Brasil foi o interesse de executivos estrangeiros pela operação nacional. O gerente de mídia da empresa anglo-holandesa, Ricardo Monteiro, conta que, há cinco anos, profissionais americanos e europeus não tinham interesse em trabalhar na América Latina. Agora, ocorre o inverso. "O Brasil ficou muito mais interessante para esse executivo. Com seu potencial de crescimento e capacidade do mercado interno, há pouca chance de se errar."

A movimentação de estrangeiros na sede da empresa, em São Paulo, só cresceu nos últimos anos. Um deles é o belga Frederic Larmuseau, que assumiu a operação brasileira há pouco mais de um ano - e já foi promovido. Nas próximas semanas, passará a comandar a empresa na América Latina. "Os brasileiros, paralelamente, também têm sido mais valorizados", diz Monteiro. Reuniões globais de cada uma das categorias em que a companhia atua passaram a ter a participação de um executivo do País. Em quatro anos, o Brasil passou da 14ª para a 7ª posição entre os maiores mercados da Reckitt.

A Siemens no Brasil também passou a "exportar" executivos. "Temos gente trabalhando em grandes mercados como China e Estados Unidos", diz o diretor Nilton Duarte. Esse processo deve se intensificar nos próximos meses. Uma equipe da Chemtech - empresa de engenharia adquirida pela Siemens em 2001 - será enviada a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. As soluções da companhia serão aplicadas em projetos para empresas petrolíferas da região.