País é o terceiro maior investidor no Brasil
Brasil Econômico
Espanhóis investiram US$ 5,96 bilhões no Brasil entre janeiro e setembro deste ano
A Espanha foi responsável por 11,4% do total de investimentos estrangeiros diretos (IED) no Brasil no acumulado e janeiro a setembro e só ficou atrás de Estados
Unidos (13,8%) e Países Baixos (27,8%). Com 331 empresas espanholas já presentes no país nos mais diversos segmentos, o movimento na direção do Brasil continua mas agora é formado por empresas de menor porte, mas igualmente de olho no enorme potencial local.
Com a grave crise que afeta a Espanha, as empresas saudáveis estão buscando alternativas e, comas enormes diferenças culturais com Ásia e Oriente Médio, elas se voltam para a América Latina onde o carro-chefe é o Brasil.
Aqui, comparado ao péssimo momento global, há boas perspectivas do ponto de vista de investimentos, segurança política e condições macroeconômicas que proporcionam risco baixo com rentabilidade boa. Essa conjuntura contribuiu para que os espanhóis fossem responsáveis por US$ 5,96 bilhões em investimentos diretos no Brasil no acumulado de 2011.
Três ondas
Depois de uma primeira leva de grandes empresas que chegaram ao Brasil no final dos anos 90, época das privatizações, e de uma segunda onda marcada pelos fornecedores dessas grandes empresas, agora chegou a vez de empresas com perfil menor e interessadas especialmente em eventos como Copa e Olimpíadas. “São empresas ligadas a transportes, hotelaria, portos, instalações esportivas. Ou seja, muito ligadas ao conjunto de atividades esportivas que ocorrerão no Brasil”, observa o presidente da Telefônica e da Câmara Espanhola de Comércio no Brasil, Antonio Carlos Valente. Entre as empresas já presentes no Brasil destacam-se os setores de infraestrutura, energia, construção e agro-alimentício.
Segundo dados da Câmara Espanhola, no ano passado, mais de duas mil empresas procuraram a instituição com interesse em se estabelecer no Brasil. Não há dados consolidados de 2011. Mas o alto interesse da Espanha pelo Brasil não se restringe a empresas, diz Valente. “Estamos observando interesse grande de espanhóis que querem vir trabalhar no Brasil.”