Pagamento do 13º injetará R$ 4,1 bi no Grande ABC
Montante inclui trabalhadores com carteira assinada e aposentados; metalúrgicos vão receber R$ 474,9 milhões
Diário do Grande ABCO pagamento do 13º salário vai injetar R$ 4,1 bilhões na economia do Grande ABC. Os números foram estimados pela subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) instalada na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo. Serão R$ 2,8 bilhões provenientes dos trabalhadores com carteira assinada e R$ 1,3 bilhão dos aposentados e pensionistas da Previdência Social. Foram levados em conta os dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego, além das informações do Ministério da Previdência Social.
O Grande ABC contribui com cerca de 1,26% de todo 13º salário pago no País, estimado em R$ 321,4 bilhões para 2024, de acordo com estudo do escritório nacional do Dieese. Cerca de 1,32 milhão de pessoas na região serão beneficiadas com o pagamento do 13º salário, composto por 787,3 mil trabalhadores com carteira assinada e 532,7 mil beneficiários da Previdência Social. As somas levam em conta o montante total previsto para 2024, pagos entre novembro e dezembro, na maioria dos casos. Os aposentados, como em anos anteriores, tiveram antecipação e já receberam ao longo do ano.
No Estado de São Paulo serão cerca de R$ 96,2 bilhões, aproximadamente 30% do total do Brasil e 59,8% da região Sudeste. Esse montante representa em torno de 2,7% do PIB estadual. A média de valores por pessoa é estimada em R$ 3.579.
Segundo os cálculos, 24 milhões de pessoas devem receber o 13º no Estado de São Paulo. O número equivale a 26,2% do total que terá acesso ao benefício no País. Em relação à região Sudeste, corresponde a 55,5%. Os empregados do mercado formal representam 65,6%, enquanto pensionistas e aposentados do INSS equivalem a 32,6%. O emprego doméstico com carteira assinada responde por 1,8%.
Os valores que cada segmento receberá estão distribuídos da seguinte forma: os empregados formalizados ficam com 72,3% (R$ 69,5 bilhões) e os beneficiários do INSS, com 17,5% (R$ 16,8 bilhões), enquanto aos aposentados e pensionistas do Regime Próprio do Estado caberão 4,5% (R$ 4,3 bilhões) e aos do Regime Próprio dos municípios, 5,8% (R$ 5,6 bilhões)
Metalúrgicos
Os trabalhadores ligados ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC vão receber R$ 474,9 milhões. Composta por 72,5 mil trabalhadores, com vínculo nas indústrias de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, e com rendimento médio mensal de R$ 6.547,22, a categoria metalúrgica representa 5,5% do total de trabalhadores que deverão receber algum abono de fim de ano na região. Os recursos recebidos pelos trabalhadores do setor representam 11,8% do montante previsto para a região.
O presidente do sindicato, Moisés Selerges, destacou que esta é uma boa notícia, na qual todos ganham: tanto a classe trabalhadora quanto as lojas, o comércio, o setor de serviços e os empreendedores da região. “Dinheiro na mão de trabalhador gera mais dinheiro, porque motiva mais consumo, mais emprego e a roda da economia gira. Todo mundo ganha! Estou feliz com esse aumento, mas queremos mais porque podemos mais. O (Grande) ABC é grande e tem que pensar grande’, prosseguiu o dirigente.
Comparados ao total de trabalhadores formais da região, os Metalúrgicos do ABC detêm 9,2% dos empregos, mas respondem por 17,3% do montante pago às pessoas com carteira assinada. Já em comparação com os demais trabalhadores da indústria de transformação, a categoria é responsável por 46,9% do total de 13º salário pago neste setor.
Fonte: https://www.dgabc.com.br/Noticia/4177819/pagamento-do-13-injetara-rs-4-1-bi-no-grande-abc