P&G prepara número recorde de lançamentos no Brasil

Valor Econômico

Uma pequena multidão se formou ontem à tarde nos corredores do Shopping Cidade Jardim, em São Paulo. Todos queriam saber o que a top model Gisele Bündchen estava fazendo em um pequeno estande, com microfone na mão, acompanhada de uma figura desconhecida, de terno. O que poucos sabiam é que aquele senhor era Tarek Farahat, presidente da Procter & Gamble no Brasil, que acabara de contratar a modelo para ser novamente a garota-propaganda da linha de produtos para cabelo Pantene. Essa, entretanto, não foi a primeira vez que o presidente da multinacional americana no país participa de um evento promocional em público. Na semana passada, Farahat esteve em outro estande, no meio de uma das lojas Wal-Mart da capital paulista, para o lançamento do sabão para roupas Ace Líquido. Dias antes, o executivo foi ao estádio do Arruda, em Recife, com 300 consumidores de produtos Gillette - a nova patrocinadora da Seleção Brasileira de Futebol até o término da Copa do Mundo de 2010- para o jogo entre a seleção brasileira de futebol e o Paraguai. Todas essas promoções fazem parte da nova estratégia da Procter & Gamble para o Brasil: lançar o maior número de produtos possível.

No Brasil, segundo Farahat, cada consumidor gasta, em média, R$ 12 (US$ 6) ao ano com produtos P&G. Nos Estados Unidos, são R$ 120 (US$ 60). Na Venezuela, R$ 70  (US$ 35) e no México, R$ 50 (US$ 25). Segundo Juliana Azevedo Schahin, diretora de marketing e vendas da divisão de produtos para beleza da P&G, a empresa vai concentrar os lançamentos em novidades que agreguem valor para o consumidor, mesmo que sejam mais caras que a concorrência. "Não são só mudanças de embalagem ou um perfume novo no creme de cabelo. São produtos diferentes do que já existem", afirma. Um exemplo é o novo tratamento noturno para cabelos da Pantene - produto que deve ser aplicado à noite e age enquanto a consumidora dorme, sem deixar resíduos, que custará R$ 9 (US$ 4,5).