13/09/07 10h47

Oxiteno abre filial nos EUA e mira outros mercados

Valor Econômico - 13/09/2007

A Oxiteno, fabricante de especialidades químicas, está abrindo um escritório comercial em New Jersey, nos Estados Unidos. Até dezembro, a empresa toma a decisão de inaugurar, em 2008, duas novas filiais: uma na Europa, provavelmente na Bélgica, e a segunda na Ásia, sendo Cingapura a favorita. O movimento sinaliza a intenção da empresa química do grupo Ultra de fazer aquisições futuras no exterior. A filial americana, que exigirá investimento inicial de US$ 500 mil, dá prosseguimento ao movimento iniciado no fim de 2006, quando a Oxiteno abriu um escritório na Argentina. Do total de US$ 200 milhões exportados pela Oxiteno do Brasil em 2006, cerca de US$ 80 milhões tem o país vizinho como destino. A fabricante química é a maior produtora de óxido de eteno e derivados da América Latina. No entanto, nos últimos três anos, a receita líquida da Oxiteno tem se mantido estável, por volta de R$ 1,6 bilhão (US$ 731,13 milhões), depois de ter crescido continuamente mais de 15% entre 2000 e 2004. A empresa possui cerca de 60% de participação no mercado latino de óxido de eteno, um intermediário químico, utilizado em variados produtos como xampus, cremes, condicionadores, produtos de limpeza e afins.  Como forma de ampliar a posição em novos mercados, a Oxiteno entende que a abertura dos escritórios é um passo que poderá levar, no futuro, a produzir especialidades químicas em outros mercados além da América Latina, explica Parolin, diretor-superintendente da Oxiteno. Em paralelo a internacionalização, a Oxiteno põe em operação, até o início de 2008, a primeira fábrica da América Latina de álcoois graxos - extraído do óleo de palmiste. O investimento de R$ 260 milhões (US$ 133 milhões), que ficará na Bahia, foi anunciado no fim de 2004. Com a unidade, a empresa fabricará 80 mil toneladas de produtos por ano. Do total da produção, mais de metade será destinada ao consumo da própria Oxiteno. "Com a verticalização da produção, vamos ganhar escala e eficiência", disse Parolin.