16/11/09 11h58

Otimista, varejo prevê alta de 7% para 2010

DCI

Os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comprovam que as vendas do comércio varejista têm subido em relação às do ano passado e já permitem visualizar um cenário ainda mais otimista para o ano que vem, devendo fechar com uma alta de cerca de 5% este ano e crescer 7% em 2010, de acordo com a projeção de especialistas.

De acordo com o IBGE, apesar de uma alta pequena em setembro frente a agosto, de 0,3%, o comércio em geral já teve crescimento de 4,7% nas vendas de janeiro a setembro de 2009. Entre os segmentos varejistas que têm forte crescimento e devem fechar com alta, estão o de supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; o de equipamentos e material para escritório e informática; e o de veículos e motos. Já os segmentos que devem fechar em queda são o de tecidos, vestuário e calçados e o de material de construção, mas mesmo estes já devem ter um movimento de recuperação no Natal e em 2010.

Na área de vestuário, que de acordo com dados do IBGE apresentou uma queda de 6,6% nas vendas em setembro e pode fechar em queda em relação ao ano passado, já é previsto um melhor desempenho a partir do Natal, e a queda não atingiria as grandes redes e lojas de departamentos. "A queda é principalmente no pequeno varejo e a explicação ainda pode ser o aumento do preço dos produtos e a migração da renda do consumidor para o segmento de supermercados e pagamento de bens duráveis", explica Luiz Goes, sócio sênior e diretor da GS&MD Gouvêa de Souza. O especialista Douglas Uemura, da consultoria LCA, também aposta em uma recuperação: "O segmento de vestuário está demorando um pouco mais, mas creditamos que pode crescer acima de 10% em 2010", diz.

Para o economista da LCA, este ano o varejo fechará com alta de 5,5% sobre 2008, e em 2010, a projeção é de alta de 7,8%. "Os supermercados não pararam de crescer, o vestuário deve acelerar, e eletrodomésticos e veículos já tiveram uma grande aceleração." Ele também afirma que os números comprovam que o País teve uma rápida recuperação da crise. Para Luis Goes, a massa salarial deve crescer e a inflação não deve subir em 2010, indicando que o varejo pode voltar a ter grandes altas, recolocando-se no patamar de dois anos atrás.