23/08/24 15h14

Ocupados em SP atinge recorde de 24,6 milhões no 2º tri. Comércio é destaque

No estado, o setor totalizou 4,4 milhões de postos, alta de 4% em relação a igual período de 2023

Diário do Comércio

São Paulo atingiu, no segundo trimestre, o maior número de ocupados para o período na série histórica, iniciada em 2012. O estado tem 24,6 milhões de pessoas ocupadas, crescimento anual de 2,7% (649 mil), com expansão de 4,2% no emprego com carteira assinada no setor privado (acréscimo de 454 mil). E o número de desempregados é o segundo menor na série, perdendo apenas para o segundo trimestre de 2014, embora sejam volumes equivalentes (1,674 milhão agora e 1,658 milhão). Além disso, nos últimos dez anos, é a primeira vez em que o número fica abaixo de 2 milhões. Comércio e áreas ligadas aos serviços sustentam esse movimento. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o mercado de trabalho e foram divulgados na quinta-feira (15).

A queda anual no número de desempregados (ou desocupados) em São Paulo é de 17,6%, superior à média nacional (-12,7%). Já a taxa média de desocupação no estado (6,4%) é menor do que a do país (6,9%). Há um ano, a taxa paulista era de 7,8% e a do país, de 8%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. A pesquisa do IBGE mostra o movimento positivo está lasterado no comércio. No estado, a ocupação no segmento (que inclui reparação de veículos) cresceu 4% em relação a igual período de 2023. São 170 mil pessoas a mais em um ano, totalizando 4,4 milhões. A ocupação fica praticamente estável na indústria (-0,3%) e na construção (+0,9%).

Na comparação com 2012, início da série, a ocupação no comércio paulista aumenta 16,7%, também acima da média nacional (14,9%). São 633 mil ocupados a mais. O estado concentra 24% do total de ocupados no país – em termos nacionais, esse contingente atingiu nível também recorde (101,8 milhões) no trimestre encerrado em junho. O lado negativo é que boa parte está na informalidade. Em São Paulo do total de ocupados, 31,2% estão na informalidade, mas ainda abaixo da média nacional (38,6%). Essa taxa é calculada considerando, principalmente, empregados no setor privado e no serviço doméstico sem carteira assinada, além daqueles que trabalham por conta própria e sem CNPJ.

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, há uma “difusão bastante elevada” do movimento de melhora do mercado. “O crescimento da população ocupada, ou seja, daquela que efetivamente está trabalhando, tem como um dos reflexos a redução importante do contingente de pessoas que procuram trabalho há mais de dois anos”, disse a analista. Segundo ela, o crescimento da demanda por trabalhadores em várias atividades, como comércio e serviços de baixa ou alta complexidade, tem contribuído para a retração desse tempo de procura. No segundo trimestre, a quantidade de pessoas que procuram emprego há dois anos ou mais caiu 17,3%, a maior redução porcentual entre os que estão em busca de trabalho. Esse contingente é de 1,7 milhão, o menor para o período desde 2015.

 

Fonte: https://dcomercio.com.br/publicacao/s/ocupados-em-sp-atinge-recorde-de-24-6-milhoes-no-2o-tri-comercio-e-destaque