24/10/07 16h50

Obras elevam negócios da Dynapac em 30% no Brasil

Gazeta Mercantil - 24/10/2008

A Dynapac, fabricante de rolos compressores para estradas, terminou o terceiro trimestre do ano com crescimento de 30% no Brasil e 2008 deve entrar para a história da companhia como o melhor dos últimos 15 anos para a empresa, braço do grupo sueco Atlas Copco. O bom rendimento chegou a colocar o Brasil, em setembro, no primeiro lugar nas vendas da companhia, entre os mais de 150 destinos a que atende. O País costuma variar entre a quinta e a oitava posição, enquanto Estados Unidos, França, Alemanha e Austrália ficam à frente. Segundo o presidente mundial da divisão, Claes Ahrengart, trata-se de um momento atípico, que não irá se manter, mas ainda assim, reconhece o potencial do País. "O primeiro mundo está sofrendo bastante, enquanto o Brasil cresce. Isso naturalmente aumenta sua participação", disse o executivo. O faturamento global da Atlas, anunciado ontem, cresceu 12%, para 18,4 bilhões de coroas suecas (US$ 2,4 bilhões), entre julho e setembro, comparado a mesmo período de 2007. Já o segmento de construção, encabeçado pela Dynapac, ficou praticamente estável de um ano para o outro. O desempenho tímido já é resultado do consumo decrescente nos Estados Unidos e Europa, que juntos respondem por 60% das vendas da companhia. No Brasil, a produção cresceu mais de 70% nos últimos quatro anos, segundo o presidente da Dynapac no Brasil, Paulo Barros. Até 2004, eram feitos entre 350 e 400 rolos compressores ao ano, em 2007 subiu para 600 e em 2008 deve ficar por volta dos 640. Como a indústria de todo o mundo, a Dynapac também está cautelosa com a crise internacional, e conta com um arrefecimento no consumo - o que, nos países desenvolvidos, já vem sentindo há algum tempo. "Este ano refletirá essa estremecida, e em 2009 devemos ficar estáveis. Em 2010 acredito que as pessoas voltem a investir em infra-estrutura", disse o presidente mundial, Ahrengart. "Nas projeções de longo prazo, temos que ficar calmos e observar." Não vemos uma tragédia. No Brasil, mesmo que tenhamos uma queda de 10%, 20%, voltaremos ao patamar de 2007, que já foi um ótimo ano", complementou Paulo Barros. Com produtos voltados para a pavimentação de estradas e grandes obras de infra-estrutura, a Dynapac conta com a ênfase que o Brasil tem dado a esse tipo de projeto para se manter. "O PAC não deve sofrer grandes paradas. O divisor de águas nesse setor será o BNDES, que responde por 80% dos financiamentos em infra-estrutura. Temos que ver se isso será mantido, e como", analisou Barros.