13/02/15 17h10

O 1º laboratório de quinases da AL

Centro, instalado na Unicamp, conta com investimento de R$ 18 milhões da Fapesp

Unicamp

A Unicamp lança, no próximo dia 10 de março, o primeiro centro de pesquisa de biologia da América Latina (AL) na área de proteínas quinases, moléculas bastante requeridas na indústria farmacêutica pela sua característica sinalizadora e de regulação de importantes processos biológicos. O laboratório, denominado Centro de Biologia em Proteínas Quinases, conta com a parceria da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Consórcio de Genômica Estrutural (SGC).

O centro de pesquisa, aberto a pesquisadores de todo o país, ficará vinculado ao Laboratório Central de Tecnologias de Alto Desempenho em Ciências da Vida (LaCTAD), complexo da Pró- Reitoria de Pesquisa (PRP) financiado pela Fapesp. Os investimentos são da ordem de R$ 18 milhões e o lançamento oficial acontece, a partir das 10 horas, na sede da Fapesp, em São Paulo (R. Pio XI, 1500 - Alto da Lapa).

“Há, atualmente, uma limitação do conhecimento na área da síntese de novos medicamentos. O entendimento dessas proteínas quinases, moléculas muito específicas do funcionamento celular, será fundamental para avançar nesta área”, dimensionou a pró-reitora de Pesquisa da Unicamp, Gláucia Maria Pastore.

Os pesquisadores do Centro de Biologia em Proteínas Quinases trabalharão em estreita colaboração com colegas da Universidade de Oxford e da Universidade de Toronto, instituições vinculadas ao Consórcio de Genômica Estrutural (SGC, na sigla em inglês.) “Este consórcio mundial é uma parceria público-privada que apoia a descoberta de novos medicamentos por meio de pesquisa de acesso aberto. O centro que estamos lançando na Unicamp será o terceiro que compõe a rede do SGC. Os outros dois estão localizados nas Universidades de Oxford e Toronto”, acrescentou.

O laboratório será coordenado pelo docente Paulo Arruda, do Departamento de Genética, Evolução e Bioagentes do Instituto de Biologia (IB) da Universidade. "Com essa iniciativa a Unicamp passa a participar de uma rede que inclui mais de 200 grupos de pesquisa espalhados por mais de 40 países. O Centro terá como foco as quinases envolvidas na regulação do processamento de RNA, processo esse que quando alterado por mutações pode gerar inúmeras doenças, incluindo alguns tipos de canceres. As ferramentas químicas e moleculares geradas Centro serão de acesso aberto a todos os grupos de pesquisa interessados em estudar o papel funcional dessas quinases em diferentes modelos biológicos. Nossa meta é estabecer uma grande rede de pesquisa colaborativa com o objetivo reforcar a área de pesquisa voltada ao desenvolvimento de medicamentos no país. Entendemos que nossa iniciativa ajudará a Unicamp a coloborar nessas área, ainda muito incipinte no país", explicou o docente do IB.