30/10/09 10h45

Novos estaleiros devem receber investimentos de US$ 10 bilhões

O Estado de S. Paulo

Pelo menos oito estaleiros de grande porte, no valor estimado de US$ 10 bilhões, estão sendo projetados por grupos nacionais e estrangeiros para operar no Brasil entre 2010 e 2011. O objetivo do reforço é atender às demandas crescentes de construção de sondas de perfuração, plataformas e navios petroleiros, que devem atingir R$ 150 bilhões (US$ 87,2 bilhões) em cinco anos, segundo o Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval). Somando os estaleiros de pequeno porte, para atender à demanda por embarcações de apoio, o número de novos estaleiros pode chegar a 17 em três anos.

Entre os principais investimentos previstos, estão o do grupo de Eike Batista, o OSX, que vai construir um estaleiro em Santa Catarina; um consórcio formado pelas construtoras OAS, Odebrecht e UTC para construir na Bahia; o grupo Eisa, do empresário German Efromovich, em Alagoas; o Jurong, de Cingapura, no Espírito Santo, e o sul-coreano STX, em local ainda indefinido. A esses investimentos somam-se ainda estaleiros que não foram oficialmente anunciados e devem ser instalados em São Paulo, Ceará e Santa Catarina. Todos com investimentos de US$ 800 milhões a US$ 1,5 bilhão.

Também estudam construir uma segunda unidade o Estaleiro Atlântico Sul (Camargo Correa e Queiroz Galvão), hoje o maior da América Latina, e o estaleiro Mauá, do empresário German Efromovich, que avalia área no Maranhão. Entre os estaleiros de pequeno porte (até US$ 350 milhões), estão o da construtora Mendes Júnior, que avalia área no Rio, e a Alusa, junto com a Queiroz Galvão, em Suape (PE). Pernambuco ainda deverá ter um terceiro estaleiro. Já em Santa Catarina, segundo o governo local, há um grupo de São Paulo interessado em construir um estaleiro bilionário, que deverá somar-se ao projeto de Eike Batista para o Estado e também ao do grupo Edson Chouest, já instalado com investimentos próprios.

Esses novos estaleiros, incluindo uma área que será arrendada pela Petrobrás para ser ofertada em novas licitações, devem triplicar o atual parque da indústria naval, que ocupa atualmente área de 3,5 milhões de metros quadrados.