22/11/12 15h14

Novos depósitos de patentes quebraram recorde no ano passado

Correio Popular

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) depositou 67 pedidos de patentes no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) em 2011, um recorde nos últimos cinco anos. A universidade tem 765 patentes vigentes no Brasil e Exterior e soma 52 contratos de licenciamento de tecnologia e participação nos resultados vigentes. No ano passado, segundo dados da Agência de Inovação, a universidade recebeu R$ 724,7 mil (US$ 362 mil) em royalties de licenciamentos.

O investimento em inovação na região de Campinas ainda é bastante centrado nas instituições de pesquisa. Um estudo divulgado em 2010 apontou que o setor empresarial da região fez 55 pedidos de patentes no US Patent and Trademark Office (USPTO), o organismo americano que é referência mundial para o assunto.

Os pedidos, registrados em 2007, representaram 28% das patentes internacionais de São Paulo e 15% das patentes do Brasil depositadas na agência norte-americana e mostram que, apesar de o número ser percentualmente importante, as empresas ainda estão longe de se equiparar aos institutos de pesquisas.

Entre 2001 e 2007, segundo os últimos dados disponíveis, o conjunto dos 90 municípios da região de Campinas depositou 296 pedidos nos Estados Unidos. Embora o setor empresarial invista mais que o dobro da média brasileira em inovação, pesquisa e desenvolvimento, o número de registros ainda é pequeno.

A força regional na proteção da propriedade intelectual está o setor agrícola, que representou em 2007, um terço das patentes paulistas. Novas plantas e processo de obtenção de novos exemplares representaram 48% das patentes do setor agrícola. A área de bioquímica foi a segunda em patentes, seguida da química, especialmente nas inovações relacionadas a açúcares, nucleosídeos, nucleotídeos e ácidos nucleicos.