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Novo Mercado faz escola no exterior

Valor Econômico - 07/11/2007

O mercado acionário brasileiro, quem diria, está fazendo escola. Na semana passada, a bolsa de valores de Xangai (Shanghai Stock Exchange) anunciou que lançará, em 2008, o Índice de Governança Corporativa. Há um mês, a principal bolsa da Turquia, a Istanbul Stock Exchange, criou um índice similar. Nos dois casos, a inspiração foi o Novo Mercado (NM) da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Na corrida por rentabilidade, os mercados emergentes estão atraindo a atenção dos investidores globais. Nesses mercados, o brasileiro, outrora uma espécie de "patinho feio" do mundo capitalista, se posicionou bem ao criar um segmento crível para empresas que respeitam os direitos dos investidores, especialmente, dos minoritários. Os resultados estão aí. De janeiro a outubro, estrangeiros despejaram R$ 326,9 bilhões (US$ 187,9 bilhões) na Bovespa. No mesmo período, venderam um pouco mais do que isso - R$ 328,9 bilhões (US$ 189 bilhões) -, mas, aqui, o que importa é o fluxo. Em 1994, eles tinham aplicado apenas R$ 12,6 bilhões (US$ 7,24 bilhões). Se há 13 anos detinham 21,4% dos investimentos, hoje a fatia é maior - 35,5%.