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Novo indicador da Fiesp mostra crescimento da indústria

Valor Econômico - 01/08/2007

O novo indicador de atividade da indústria paulista sinaliza uma acomodação do ritmo de crescimento no início do segundo semestre deste ano. O Sensor Fiesp, divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ficou em 50,4 pontos. Isso indica que a atividade está aquecida, mas não tanto quanto estava em junho, quando chegou a 52,7 pontos. Ainda assim, o dado de julho de 2007 é bem melhor do que o do mesmo mês de 2006, quando o índice ficou em 47,6. Na comparação com julho do ano passado, os cinco indicadores que compõem o Sensor Fiesp apresentaram resultados mais positivos. Enquanto investimento, emprego, vendas e situação do mercado melhoraram, os estoques foram reduzidos. Em 2007, no entanto, o mês de atividade industrial mais intensa, segundo o indicador, foi março. Em abril, o aquecimento foi mantido mas, a partir de maio, começou arrefecer. "Neste ano estamos melhor do que em 2006, mas a indústria perdeu um pouco do seu ímpeto em julho", diz Paulo Francini, diretor do departamento econômico da Fiesp. Em julho, a maior das empresas respondeu que suas vendas ficaram estáveis em relação a junho: 56,7%, enquanto 22,2% afirmaram que elas cresceram, e em 11,1% houve redução das vendas. Em junho, as vendas aumentaram em 44,4% das empresas. A condição do mercado se deteriorou. Enquanto em junho o indicador registrou 58,8 pontos, em julho caiu para 51,8 pontos. Apesar de 33,3% das empresas terem dito que o mercado em que atuam está melhor, mais receptivo, 55,6% ainda acreditam que ele está fraco. A nova pesquisa da entidade tem como base de dados uma amostra de 30 empresas. As informações são obtidas com os principais executivos dessas companhias entre os dias 15 e 20 de cada mês. O objetivo é traçar um panorama quase que imediato do que aconteceu na indústria paulista em cada mês.