30/07/08 15h20

Novo controlador da Guerra prepara expansão

Valor Econômico - 30/07/2008

Adquirida no início de junho pela gestora de fundos Axxon Group e pelo banco de desenvolvimento alemão DEG, a Guerra já prepara um aumento de pelo menos 30% na capacidade instalada para suportar a expansão do mercado interno e retomar as exportações. A fabricante de reboques e semi-reboques rodoviários tem quatro unidades industriais no Rio Grande do Sul (Caxias do Sul e Farroupilha) e em São Paulo (Guarulhos) e um centro de distribuição na Argentina (Rosário), a empresa vem operando no limite de mil implementos por mês, diz o novo diretor-geral, Rodmar Cardinali. O executivo, ainda não tem uma avaliação definitiva do volume necessário de investimentos, mas ele adianta que o aumento da capacidade deve ser concluído num período de seis a oito meses. Conforme Cardinali, em algumas linhas como reboques e semi-reboques canavieiros e tanques para transporte de combustíveis, a carteira de encomendas da Guerra já chega a junho de 2009. Para 2008 a empresa prevê um faturamento bruto de R$ 600 milhões (US$ 375 milhões), ante R$ 450 milhões (US$ 233,2 milhões) no ano passado, quando a alta sobre o exercício anterior foi de 54% e a produção atingiu 8,3 mil implementos. As exportações, que em 2007 responderam por 15% das vendas, recuaram este ano para 4% em função do aumento da demanda no mercado interno. A meta da companhia é ampliar a participação do mercado externo para até 20% a partir da expansão da capacidade instalada. Segundo o novo diretor-geral, mesmo que a manutenção de um nível de crescimento anual acima de 50% seja "inviável" e a demanda interna registre até uma leve queda em 2008, o mercado doméstico deve permanecer, nos próximos anos, em patamares bem superiores às 30 mil unidades vendidas em 2005 e 2006. Em 2007 foram emplacados 40,2 mil reboques e semi-reboques no país, de acordo com a Anfir, a associação que reúne as indústrias do setor. A Guerra é a segunda maior fabricante brasileira de implementos rodoviários, atrás do grupo Randon, também de Caxias do Sul, que no ano passado produziu 20,3 mil unidades.