08/09/08 10h44

Novo aeroporto de SP também será privado

O Estado de S. Paulo - 08/09/2008

Além do Galeão, no Rio, e de Viracopos, em Campinas, o novo aeroporto de São Paulo também será entregue à iniciativa privada. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou ontem que está em estudo a concessão privada para a construção do novo aeroporto. O custo é estimado em R$ 5 bilhões (US$ 3,1 bilhões). Ainda não há local escolhido nem data para o início das obras. Segundo Jobim, Galeão e Viracopos estarão sob gestão privada já em 2009. "O presidente determinou estudos da concessão do Galeão e de Viracopos e análise da concessão para construção do quarto aeroporto de São Paulo. Esperamos no ano que vem ter condições de lançar o edital (Galeão e Viracopos) e ter esse assunto resolvido. O fundamental é o edital." "Não é um edital comum. Prevê uma série de situações de prestação de serviços. Poderemos então dimensionar também a Infraero vis-à-vis uma operação privada. Teremos uma noção dos ajustamentos necessários", disse ele. Jobim afirmou que a decisão do governo de privatizar aeroportos não impede a abertura do capital da Infraero, estatal que administra os aeroportos brasileiros. Até agora, tanto Jobim quanto o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, defendiam a abertura do capital, em vez da privatização. O principal argumento de Gaudenzi é que só 10 dos 67 aeroportos da Infraero são lucrativos e seriam os únicos a interessar à iniciativa privada. A escolha do Galeão e de Viracopos, informou Jobim, foi feita por serem "aeroportos-chave". No caso do Galeão, pesou o fato de a cidade concorrer a sede das Olimpíadas de 2016. "Asseguramos uma nota melhor no aspecto aeroporto para o Rio de Janeiro", afirmou. Viracopos, explica, vai para mãos privadas pela urgência na sua ampliação para desafogar Congonhas e Cumbica, em Guarulhos. Quanto ao novo aeroporto paulista, o ministro não arrisca prazos para início das obras nem para a entrada em operação. O estudo para escolha do local deve custar R$ 40 milhões (US$ 24,5 milhões) e a compra e preparação do terreno, R$ 2 bilhões (US$ 1,23 bilhão). A coordenação dos estudos para concessão privada dos três aeroportos ficará a cargo do presidente do BNDES, Luciano Coutinho.