01/02/13 15h11

Novatas terão recursos da Aceleratech

Valor Econômico

A Aceleratech, criada no ano passado em São Paulo para apoiar companhias novatas de internet, selecionou as primeiras empresas nas quais planeja fazer investimentos. O investidor-anjo Mike Ajnsztajn e o publicitário Pedro Waengertner, fundadores da Aceleratech, analisaram propostas de 312 empresas, das quais escolheram 11.

O papel da Aceleratech, como o nome já diz, é funcionar como uma aceleradora de negócios. Diferentemente de uma incubadora, que apoia projetos de negócios em estágio inicial e oferece suporte durante alguns anos, a aceleradora costuma auxiliar por poucos meses companhias novatas que já têm potencial para estar no mercado.

As empresas selecionadas pela Aceleratech têm foco em negócios diversos. A lista inclui desde um site para venda de passagens de ônibus via internet até um aplicativo para controle das finanças pessoais. "O lugar comum entre todas elas é a sede de construir um negócio interessante", disse ao Valor Ajnsztajn.

Cada empresa vai receber R$ 20 mil, além de passar três meses com orientação nas áreas jurídica, contábil e de marketing, entre outras. Questões mais técnicas, como o desenvolvimento de softwares, também serão abordadas. Em troca, a Aceleratech ficará com uma participação acionária de 10% no capital das empresas selecionadas.

O processo de apoio aos negócios já teve início e vai durar até abril. Ao fim desse período - e, eventualmente, até antes -, o objetivo é que as empresas novatas consigam atrair aportes que lhes permitam continuar os negócios sem o apoio da aceleradora. "Duas das nossas companhias tiveram 'namoros' com investidores na primeira semana do processo", afirmou Ajnsztajn.

Durante os três meses do processo de aceleração, os representantes das companhias novatas terão a orientação de empreendedores digitais como Julio Vasconcelos, do site de compras coletivas Peixe Urbano, e Malte Huffmann, principal executivo da loja virtual de sapatos Dafiti. A Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo (ESPM) é parceira da Aceleratech e alguns de seus professores de pós-graduação vão atuar como mentores das companhias novatas. A Aceleratech tem 160 mentores.

Além das orientações desse grupo de mentores, o contato entre as companhias é uma experiência valiosa nessa fase de amadurecimento do negócio, afirmou Ajnsztajn. Como exemplo, ele citou a GBolso, dona de um aplicativo de finanças pessoais, e a Convenia, site que reúne benefícios que as empresas podem oferecer a seus clientes por meio de convênios. "As duas empresas conversaram e, hoje, o aplicativo da GBolso é um dos benefícios oferecidos pela Convenia", disse Ajnsztajn.

A expectativa é que, em breve, a Aceleratech comece a selecionar mais novatas para lhes dar apoio.