18/05/07 10h59

Novatas crescem acima da média

Valor Econômico - 18/05/2007

Pouco a pouco, os seis fabricantes de veículos leves que se instalaram no País a partir da segunda metade dos anos 90 avançam no mercado brasileiro. Boa parte dessas montadoras tem registrado crescimento anual de até 30% ou mais, o que significa que os volumes de vendas dessas empresas seguem uma velocidade muito mais acelerada do que o mercado total. Mesmo assim, as veteranas continuam a dominar as ruas do país. Passados seis anos desde que a última montadora se instalou no Brasil - o grupo francês PSA Peugeot Citroën, em 2001 - as marcas da última fase de investimentos conseguem juntas 30% do mercado. Os 70% restantes estão nas mãos de três. A Fiat lidera com 25,10% do volume de vendas acumulado de janeiro a abril deste ano. A Volkswagen, que passou boa parte da sua história com quase metade do mercado brasileiro, passou a disputar o segundo lugar com a General Motors. Mas a GM está no segundo lugar, com 23,51% este ano e a Volks logo atrás, com 21,42%. A Ford mantém-se na quarta posição, com 11,66%. O domínio da produção do carro popular, que representa 56% das vendas de automóveis, impede que as novas marcas avancem. Algumas delas preferem, porém, investir mais no que chamam de nichos de mercado e é por isso que a Honda se mantém líder em dois dos segmentos criados pela Federação Nacional da Distribuição (Fenabrave), a entidade que representa os concessionários. O Civic e o Fit, ambos da Honda, estão na liderança das categorias sedãs médios e monocab, que representa as minivans, respectivamente. A vantagem dessas montadoras é que a margem de lucro dos carros não populares é maior. Já se foi também o tempo em que as montadoras tentavam "comprar" mercado por meio de promoções. Com as finanças comprometidas, as matrizes preferem que filiais coloquem a rentabilidade à frente da participação de mercado.