11/10/12 14h00

Novas medidas podem beneficiar 19 setores em 2013

Valor Econômico

As novas medidas de incentivo à indústria, planejadas pelo governo para o ano que vem, deverão atender 19 cadeias produtivas entre elas, as de energia renovável, óleo e gás e química, disse ontem o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Alessandro Teixeira. "Todas elas nos apontaram medidas importantes para dar competitividade à indústria brasileira", disse Teixeira.
 
Segundo o secretário, novas medidas de desoneração de impostos vão depender, entretanto, da avaliação que será feita pela equipe econômica dos resultados das medidas criadas neste ano e da situação fiscal. Teixeira não soube precisar se tais medidas serão via aumento de crédito, desoneração da folha de pagamento ou outras formas de estímulo, mas afirmou que "o governo vai continuar fortalecendo e tomando novas medidas para fortalecer a competitividade da industrial brasileira."
Na avaliação de Teixeira, os incentivos públicos são os maiores indutores de investimento privado no país. Quando o governo baixa o custo da energia, aumenta compras governamentais e faz concessões de portos, rodovias e ferrovias, está induzindo o investimento, afirmou.
Questionado sobre o baixo ritmo do investimento neste ano, Teixeira disse que parte dessa fraqueza decorre da crise internacional. "A relação entre investimento e expectativa é direta. Teremos aumento de investimento privado se a expectativa da economia internacional melhorar."
 
Para o secretário, se o governo não estivesse atuando para incentivar o investimento e mostrar que está enfrentando a crise, provavelmente os investimentos domésticos e externos teriam caído ainda mais. "Nós sabemos e temos noção clara de que temos de aumentar a taxa de investimento do país, mas isso não se faz da noite para o dia. Estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance", disse.
 
Em relação ao mercado de trabalho, Teixeira avalia que o Brasil está em uma situação única no mundo. "No meio de duas crises internacionais, conseguimos chegar em um estado de pleno emprego, somos uma exceção na economia internacional", disse.
 
O secretário avalia que mais resultados positivos ainda vão aparecer. Em 2013, os números devem começar a mostrar os resultados das ações voltadas ao desenvolvimento de cadeias produtivas, estimuladas pelas politicas de compras públicas, que já beneficiam quatro setores, como PAC mobilidade urbana, banda larga e semicondutores. "Todas essas ações têm auxiliado a reverter um quadro de crise internacional e seu impacto na economia brasileira", disse.
Teixeira disse estar muito satisfeito com os resultados relativos à folha de pagamento da indústria, apresentados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo ele, os números denotam os primeiros resultados das medidas de política industrial tomadas pelo governo.
Embora o emprego industrial tenha caído 0,1% em agosto ante julho, com ajuste, o secretário destacou o aumento da produção e o avanço da massa salarial, variáveis que têm relação com a redução do custo da mão de obra e do capital.