Nova Merck cria divisão especial para Brasil e China

DCI

A MSD, empresa originada da fusão das indústrias farmacêuticas Merck & Co. Inc. e a Schering- Plough Corporation, iniciou suas atividades, ontem, com o anúncio da inserção do Brasil na divisão Mercados Emergentes, junto com China e Índia. De acordo com João Sanches, diretor de Assuntos Corporativos da MSD, o Brasil deixa a divisão América Latina para assumir "um nível superior". "Mais da metade do crescimento da empresa vem dos mercados emergentes", afirma. "Para o Brasil, significa receber um volume maior de investimentos."

O executivo, no entanto, declarou que o volume de investimentos ainda será definido, mas atenderá à meta de, em cinco anos, alcançar a liderança no mercado brasileiro. A MSD irá aproveitar o portfólio de produtos de ambas as empresas, já que há pouca sobreposição, segundo Sanches. "Estão programados 15 lançamentos de novos produtos para segmentos diversificados, como hepatite, câncer, HIV, cardiovascular, entre outros", declarou.

O diretor de Assuntos Corporativos disse ainda que, após avaliação da cadeia global, a empresa deverá determinar as ações para alcançar a meta de redução de custos de US$ 3,5 bilhões em todo o mundo. "Ainda é cedo para determinar onde serão realizados os cortes de custos", afirmou, ressaltando que as unidades e os funcionários, no Brasil, se mantêm.

A presidência da MSD Brasil ficará a cargo de Tadeu Alves, que atuava como presidente da América Latina para a Merck Sharp & Dohme. "Temos uma estratégia agressiva de crescimento que inclui alianças com empresas locais e parcerias público-privadas", declarou Alves, em nota.