03/08/07 11h06

Nova marca quer mudar setor de brinquedo

Folha de S. Paulo - 03/08/2007

O mercado de brinquedos está ganhando um novo concorrente. Dentro de 20 dias, a New Toys começará sua operação no Brasil. Fundada como uma sociedade anônima, a companhia pertence a um grupo de empresários brasileiros do próprio setor. Esse grupo se juntou para tentar reverter o que chama de ataque da "concorrência desleal" -praticada por quem vende produtos falsificados ou não recolhe impostos. Estima-se que esse mercado paralelo tome 40% das vendas formais. À frente da New Toys estará Deborah Satyro, ex-diretora comercial da Warner Bros. no Brasil. Ela comandará os negócios da empresa, que tem como conselheiros Carlos Tilkian, um dos principais acionistas da fabricante Estrela, e Ricardo Sayon e Moise Candi, sócios das redes Ri Happy e Candide, respectivamente. "Eles não são os donos", garante Satyro. Parece uma fusão, mas não é. A inovação da New Toys está em se aliar à concorrência para manter sua operação -tanto na produção quanto na sua distribuição e na venda. Embora boa parte dos 21 produtos de seu catálogo seja importada, a New Toys irá contratar fabricantes nacionais para a produção de brinquedos. Também estabelecerá acordos para relançar sucessos de outras marcas. Como não terá custos fixos elevados para manter um parque industrial, a New Toys espera ter uma operação econômica. Por isso, o preço final dos produtos pode ser menor. A Folha apurou que esse modelo de negócio espera operar com preços até 10% menores que os praticados pela concorrência. "Esse sistema servirá de modelo para o setor", afirma Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos). As previsões iniciais da New Toys são otimistas. Em quatro anos, a empresa espera faturar anualmente R$ 200 milhões (US$ 106,4 milhões) e se tornar uma das maiores do ramo.