17/04/08 10h37

Nova farmacêutica mira emergentes

DCI - 17/04/2008

Com investimentos da Votorantim Novos Negócios e do grupo americano Texas Pacific Group (TPG), a moksha8, nova companhia farmacêutica global sediada na China iniciou suas operações com foco nos mercados emergentes, em especial os países que compõem o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). A companhia, que escolheu o Brasil como primeiro País para desenvolvimento dos seus negócios, pretende se tornar a maior empresa farmacêutica do País nos próximos três anos. O prazo parece ser pequen para quem está chegando, mas a empresa garante que terá, no Brasil, uma forte atuação no mercado de medicamentos de biotecnologia. Neste sentido, a moksha8 (escreve-se em minúsculo e fala-se móquichaeit) prevê investir no Brasil até US$ 500 milhões nos próximos cinco anos, na construção de uma ou mais fábricas. Numa primeiro fase, já iniciada esta semana, a empresa irá promover ao setor de prescrição médica, mais de 20 medicamentos da Pfizer e Roche, entre os quais Bactrim, Lexotan e Diabinese. Em 2009, a empresa irá atuar no licenciamento de produtos novos, patenteados por laboratórios farmacêuticos de pequeno e médio porte e empresas de biotecnologia, e na distribuição dos medicamentos destas companhias já com sua marca. De acordo com Mario Grieco, vice-presidente mundial e líder da moksha8 para América Latina, a escolha de atuar nos países emergentes foi estratégica. "A moksha8 tem como foco prover medicamentos de alta tecnologia a mercados emergentes. Estes mercados estão exigindo uma medicina de melhor qualidade, porém essas regiões tem baixa importância para os investidores mundiais", afirmou Grieco. Grieco afirma que a escolha de iniciar as operações no Brasil foi em função do potencial do mercado e da melhor qualidade do sistema regulatório e de patentes. O executivo disse ainda, que medicamentos biotecnológicos estão inseridos mais fortemente em países desenvolvidos e que a nova empresa trará esses produtos para os mercados emergentes. "Tradicionalmente, multinacionais farmacêuticas têm nos mercados desenvolvidos seu foco principal, por isso não há interesse imediato em lançá-los em países como o Brasil", completou Grieco.