17/05/11 10h54

Nova fábrica da Invista vai exigir US$ 100 milhões

Valor Econômico

Dentro da estratégia de fortalecimento dos negócios nos mercados de alto crescimento e para fazer frente à competição dos importados no setor têxtil, a Invista, subsidiária do grupo americano Koch, planeja investir cerca de US$ 100 milhões para a construção de uma nova fábrica, no município de Paulínia, no interior de São Paulo. Prevista para ser concluída em 2012, a nova unidade fará parte de um complexo industrial que já abriga duas outras fábricas. O foco do complexo é a produção do fio Lycra. "Estamos fazendo uma aposta no Brasil. Nossa estratégia é a expansão e a modernização da produção no país", afirmou ao Valor o vice-presidente executivo global da área de vestuário da Invista, Don Burich.

Sem informar o aumento de capacidade que a nova fábrica promoverá, o executivo afirma que a unidade abrigará novas tecnologias desenvolvidas pela companhia em seus dois centros de pesquisa e desenvolvimento nos Estados Unidos e na China. Segundo o vice-presidente, o Brasil apresenta um mercado amplo e diversificado, que deixa espaço para inovações que geram valor agregado e se diferenciam frente à alta concorrência dos baratos produtos asiáticos. Além do complexo em Paulínia, os negócios têxteis do grupo também têm produção em Americana, também no interior paulista, onde são produzidos os fios Tactel e Supplex. A estrutura da área no país é a maior da América Latina, superando o México e a Argentina, onde a empresa também tem fábricas.

A expansão produtiva no Brasil acompanha uma estratégia global da companhia, de fortalecimento nos países de alto potencial de mercado. No mês passado, a empresa multinacional anunciou investimentos de mais de US$ 200 milhões na expansão de uma fábrica na China. Hoje a indústria têxtil brasileira movimenta cerca de US$ 50 bilhões por ano e o faturamento das empresas do setor cresceu mais de 9% no ano passado. Desse montante, um pouco mais de US$ 1 bilhão é representado pelas fibras artificiais e sintéticas. Diante do custo das matérias-primas e da concorrência dos importados - estimulada pelo câmbio - o ano de 2011, no entanto, será marcado por uma desaceleração do ritmo de crescimento do setor, segundo projeções da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit).