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No Brasil, indústrias esperam faturar 33% mais

Valor Econômico - 19/11/2007

A Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) defende que 30 gramas do produto por dia são ideais para uma dieta equilibrada, mas os números da venda de chocolate no país levam a crer que pouca gente vem restringindo o consumo a essa recomendação. Segundo a Abicab, os fabricantes devem encerrar 2007 com um faturamento de R$ 3,6 bilhões (US$ 2,1 bilhões), 33% acima dos R$ 2,7 bilhões (US$ 1,24 bilhão) do ano anterior. Em volume, serão comercializadas 304 mil toneladas no mercado interno, o que representa um incremento de 22,5% sobre o montante de 2006. As vendas de 2007 apresentam índices de crescimento superiores às do ano passado. Em 2006, a receita da indústria já havia saltado 23% sobre o resultado de 2005, quando faturou R$ 2,2 bilhões (US$ 903,8 milhões), enquanto o volume aumentou perto de 12%, para 248 mil toneladas. Enquanto isso, o crescimento vegetativo da população segue um ritmo bem menos intenso: de acordo com o Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE), em um intervalo de sete anos, de 2000 a 2007, o número de habitantes subiu 8,2%. Ainda assim, considerando a contagem divulgada semana passada pelo instituto, de 183,9 milhões de brasileiros residentes no país, o consumo nacional de chocolate per capita está em 1,65 quilo ao ano. Bem distante da liderança mundial da Suíça, onde cada habitante consome anualmente cerca de 10 quilos de chocolate. O consumo brasileiro tem compensado a queda nas exportações, afetadas pelo câmbio. Em 2006, o volume de vendas de chocolate no exterior caiu 18%, para 46 mil toneladas, após três anos seguidos de alta. Neste ano, as exportações devem recuar 34%, para 30,4 mil toneladas, o equivalente a 10% do consumo interno.