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Nestlé aposta em mercados emergentes para crescer

Gazeta Mercantil - 01/09/2008

Em um tempo de alta dos preços dos alimentos e países emergentes liderando o crescimento econômico mundial, a Nestlé SA vê diante de si um desafio e uma oportunidade. O desafio é obter o menor custo possível para seus produtos, o que deve passar pelo desenvolvimento de itens cada vez mais sofisticados e que permitam ao consumidor experimentar sensações, se tratar ou se prevenir de doenças. A oportunidade é a de se expandir com mais ímpeto nos mercados de forte expansão, como o País. "O Brasil deve crescer acima da taxa de crescimento da companhia", disse Paul Polman, vice-presidente da Nestlé e responsável pela região Américas, que vai do Canadá à Patagônia "A empresa deve dobrar de tamanho dentro dos próximos cinco anos", acrescentou, durante entrevista a jornalistas, após dois dias de visita no País. O executivo - que era diretor financeiro do grupo e assumiu em fevereiro o novo cargo, no lugar do atual presidente da companhia, Paul Bulcke - ressaltou que a subsidiária já dobrou de tamanho nos últimos cinco anos e não há motivo para não repetir o desempenho no futuro. A meta não é uma novidade na Nestlé. Em meados do ano passado, quanto anunciou faturamento de R$ 11 bilhões (US$ 5,1 bilhões), verificados em 2006, o presidente da companhia no Brasil, Ivan Zurita, disse que a empresa deveria atingir R$ 22 bilhões (US$ 13,5 bilhões) até 2012, registrando evolução mais de duas vezes superior ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no período. Em 2007, a empresa faturou R$ 12 bilhões (US$ 6,2 bilhões), alta de 9,2% ante 2007. A taxa foi superior aos 5,4% de crescimento do PIB brasileiro e aos 7,4% do crescimento orgânico da companhia. O desempenho dos primeiros seis meses deste ano não foram divulgados. "Fechamos o semestre bem, em linha com os nossos objetivos, e vamos seguir avançando", disse Zurita.