29/02/08 11h58

Neoenergia vai às compras e investe US$ 1,01bi

DCI - 29/02/2008

A Neoenergia planeja dar um salto em seu faturamento, seguindo em sua estratégia de comprar concessionárias estaduais, mas faz questão de só entrar em negócios nos quais seja a controladora. Além dos planos de aquisição, a companhia prevê investimentos de R$ 1,8 bilhão (US$ 1,01 bilhão) neste ano, R$ 1,2 bilhão (US$ 682 milhões) em distribuição e R$ 600 milhões (US$ 341 milhões) em geração. "Hoje a Neoenergia tem 991 megawatts instalados. A nossa proposta é chegar em 2010 com 1453 megawatts, o que representa um incremento de 45% na nossa capacidade", diz Erik Breyer. A empresa é a 11º maior empresa de serviços do Brasil. A empresa comprou, nos últimos anos, três antigas estatais do setor: Coelba, da Bahia, Celpe, de Pernambuco, e Cosern, do Rio Grande do Norte. Agora, prepara-se para participar do leilão de privatização da Companhia Elétrica de São Paulo (Cesp). Para arrematar a Cesp será preciso investimento de R$ 6,6 milhões, (US$ 3,75 milhões) já que as ações da empresa paulista serão vendidas em um só bloco e cada uma valerá o piso de R$ 49,75 (US$ 28,3). "Hoje temos em caixa R$ 2 bilhões" (US$ 1,14 bilhão), conta Breyer. Considerando que para se inscrever no leilão cada interessado precisa fazer o depósito das garantias estipuladas em R$ 1,74 bilhão (US$ 989 milhões), conclui-se que a Neoenergia entrará na licitação como membro de um consórcio, respaldada em parceiros com alto poder de investimento. O leilão da Brasiliana, que possui ativos atraentes, como a Eletropaulo e a AES Tietê, também está na lista de interesses da Neoenergia. "Sempre que houver taxa de retorno, nós aceitamos investir", ressalta. Hoje a holding mantém negócios nas áreas de geração, transmissão, distribuição e comercialização. "Só nunca vencemos leilão de transmissão, mas se a taxa de retorno for positiva poderemos entrar no leilão das linhas de transmissão que ligarão as usinas do Rio Madeira a São Paulo", conta o executivo.