08/06/11 11h19

Negócios na Labace devem avançar 10%, prevê Abag

Valor Econômico

Com o mercado aquecido, a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) espera um volume de negócios da ordem de US$ 550 milhões este ano durante a realização da Labace (Latin American Business Aviation Conference and Exhibition), maior feira do segmento na América Latina, que acontece em São Paulo em agosto. O valor previsto, de acordo com a entidade, é 10% maior que o registrado em 2010.

Um dos destaques da feira é a Embraer, única fabricante brasileira de jatos executivos, que em 2010 obteve o maior crescimento do setor, com a entrega de 144 jatos, 29 a mais que em 2009. No primeiro trimestre, porém, a empresa entregou apenas oito jatos, sendo seis leves e dois de grande porte. No último trimestre de 2010 ela entregou 61 jatos executivos.

"Nosso foco é o desenvolvimento de programas que tenham uma boa aderência aos prazos previstos, ao desempenho do produto e ao investimento aplicado. E isso não é uma coisa tão óbvia assim. Basta ver outros exemplos de empresas competentes que têm enfrentado problemas com prazos e outras dificuldades. Temos de olhar, no mínimo, para um ano, e não apenas para um trimestre", disse recentemente o presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado.

Em 2010, segundo o executivo, a Embraer registrou a maior receita da história da aviação executiva da companhia, com US$ 1,1 bilhão. Com esse desempenho e uma participação de 19% das vendas mundiais, a companhia encerrou o ano como a terceira maior empresa do setor de aviação executiva.

Líder mundial no mercado de jatos executivos, a canadense Bombardier, fechou 2010 com uma participação de 27% no volume de negócios do setor e foi a segunda com maior número de entregas, respondendo por 20% do total. Para o diretor comercial da Ocean Air Taxi Aéreo, representante da Bombardier no Brasil, José Eduardo Brandão, os preços de jatos novos ainda estão comprometidos com o excesso de oferta, mas o cenário mais favorável às vendas e a economia aquecida, também têm contribuído para uma melhoria dos negócios.

"Temos nove modelos diferentes de jatos e o impacto maior em termos de preços foi sentido nas aeronaves de menor valor", comentou. A Bombardier é dona da segunda maior frota de jatos executivos no Brasil, com 135 aeronaves em operação. "O mercado estaria melhor se houvesse maior empenho do governo para a questão da infraestrutura aeroportuária", disse.