Nasa investe em nanosatélite desenvolvido pelo Inpe e pelo ITA
O ValeA Nasa (agência espacial norte-americana) vai financiar um nanossatélite desenvolvido em parceria com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), ambos com sede em São José. O financiamento aprovado é de US$ 2,5 milhões por três anos.
O satélite miniaturizado (cubesat) pesa seis quilos e servirá para estudar a formação de bolhas de plasma ionosférico, fontes principais de reflexões de radar na região equatorial.
No trabalho, também serão estudadas as relações entre as irregularidades no plasma em altitude de satélites com as cin-tilações de rádio observadas na região equatorial da ionosfera.
Lançamento. O projeto brasileiro irá ao espaço entre novembro de 2018 e março de 2019 por meio da missão Sport (Scintilation Prediction Observations Research Task), coordenada pelo Marshall Space Flight Center, da Nasa. A previsão é de que seja lançado da Estação Espacial Internacional. O cronograma prevê o início da missão em março de 2017. A vida útil do aparelho é de um ano, em razão da atividade solar e a dinâmica de voo.
Os instrumentos a bordo do satélite serão desenvolvidos pelo centro da Nasa e universidades dos Estados Unidos, com participação de pesquisadores brasileiros. A plataforma poderá ser semelhante à do Itasat, nanossatélite universitário realizado em parceria pelo ITA, Inpe e instituições de ensino.
O Embrace (Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial), do Inpe, fará o processamento, armazenamento e distribuição dos dados científicos da missão Sport.
Pesquisadores e tecnologistas de várias áreas do Inpe participaram do desenvolvimento da proposta escolhida pela Nasa.
Fapesp. O instituto informou que está submetendo à Fapesp (Fundação de Apoio à Pesquisa de São Paulo) um “projeto temático para o orçamento da parte nacional da missão, bem como sua extensão”.