26/05/10 11h22

Nanotecnologia amplia presença no mercado de higiene pessoal e beleza

DCI

A empresa de nanotecnologia Inventiva aposta no mercado de cosméticos e já colhe resultados. O aporte inicial foi de R$ 850 mil (US$ 464,5 mil) em 2008. Para este ano, a empresa se prepara para investir R$ 450 mil (US$ 257 mil) em novas tecnologias. "Até o final do ano, teremos no mercado cerca de 30 produtos desenvolvidos para ao setor de cosméticos que vão desde ativos para retirar manchas de peles até os destinados ao rejuvenescimento", afirma a sócia da empresa, Renata Faffin. A partir desses novos produtos e investimentos, a Invetiva pretende dobrar sua produção, que em 2009 foi de 50 litros. "Este ano nosso diferencial é a segmentação e as novas linhas que estamos lançando no mercado", afirma Raffin.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Cosmetologia, Alberto Keidi Kurebayashi, outro nicho que cresce no Brasil são o de produtos naturais, porém ele afirma que é muito cedo para fornecer dados sobre a participação do segmento no setor de cosmético no Brasil. O diretor de negócios da Beraca, empresas de produtos naturais, presente no mercado há mais de 40 anos, concorda com o presidente da entidade que não há dados consolidados no setor, mas tem uma projeção positiva de seus negócios. "Este ano, temos o objetivo de crescer cerca de 14%. No mercado mundial este nicho já representa 12%", afirma ele. No ano anterior a Beraca teve um faturamento de R$ 100 milhões (US$ 57,1 milhões). Para 2010 prevê o lançamento de quatro linhas. Atualmente a empresa exporta 35% da sua produção total. A produção da companhia é de 500 toneladas e pode alcançar duas mil toneladas na fábrica localizada na Amazônia.

Atualmente existem no Brasil 1.659 empresas atuando no mercado de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, sendo que 14 empresas de grande porte, com faturamento médio de R$ 100 milhões (US$ 57,1 milhões). Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmésticos (Abihpec), o setor obteve crescimento de 10,5% nos últimos 14 anos. Em 2010 o setor deve crescer cerca de 11%, um ponto acima dos últimos anos. "A crise não prejudicou nosso mercado, visto que nestes tempos acontece a baixa autoestima das pessoas o que aumenta o consumo", explica o presidente da entidade.