Na era Dilma, CeBit mira TI brasileira

Brasil Econômico

País é parceiro e homenageado de maior evento mundial de TI

Ao desembarcar do avião em Hannover, na Alemanha, a primeira coisa que os passageiros de todas as nacionalidades avistam é uma faixa de boas-vindas direcionada ao Brasil. O gesto mostra a importância do país no evento que acontece até a próxima sexta-feira na cidade, a CeBit, que reúne mais de quatro mil empresas de tecnologia do mundo todo e atrai 350 mil visitantes.

E as brasileiras querem aproveitar que os holofotes estão voltados para o país, que é parceiro da Alemanha nesta edição, para impulsionar seus processos de internacionalização. As empresas acreditam que a presença de Dilma Roussef no evento pode ajudar a chamar a atenção para o que é produzido no Brasil. Ontem, a presidente almoçou com cerca de vinte empresários da delegação brasileira e discutiu assuntos como o aumento do intercâmbio entre Brasil e Alemanha na área de ciência e maneiras de facilitar os negócios entre os dois países.

Para Sergio Pessoa, diretor de desenvolvimento de mercados da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a participação da presidente no evento, que é o maior do mundo no segmento de TI, ajuda a combater a falta de conhecimento do que já é produzido no país atualmente. “Existe inovação tecnológica no Brasil, mas isso não é de conhecimento internacional”, avalia.

A Comprova.com, por exemplo, diz ter inovações tecnológicas que possam interessar outros países. Marcos Nader, presidente da empresa, está na Cebit para fazer contato com parceiros que possam levar seus produtos de certificação digital, para os EUA e Europa. “Temos quatro, parceiros engatilhados”, “Nossa imagem como fornecedor de tecnologia está sendo construída, ainda temos que trabalhar bastante nisso”, diz Laércio Cosentino, presidente da Totvs.