Múltis apostam no País para exportar software
Gazeta Mercantil - 19/12/2006
Depois de ser apontado como alternativa no mercado global de software, o Brasil agora está sendo "colonizado". As grandes multinacionais crescem até dobrando ou triplicando a cada ano a força de trabalho destinada à exportação de serviços de software (offshore outsourcing). A demanda de clientes cresce mais na América Latina do que em regiões de economia mais aquecida, como a Ásia, puxada por filiais no Brasil que convencem as matrizes a contratar serviços de TI por aqui. Na Accenture, o número deve atingir 1,2 mil pessoas no ano que vem, entre 5 mil profissionais. A IBM já possui 5,6 mil funcionários - ou quase metade do total - dedicados a atender clientes no exterior, registrando a maior força de trabalho offshore no Brasil. A EDS fecha 2006 com mil pessoas alocadas à exportação, do total de 8 mil funcionários, e no próximo ano mais 600 devem ser contratados para a atividade. Um crescimento de 60%, sendo que a empresa como um todo deve se expandir em 20%. Boa parte do movimento global de terceirização de serviços em tecnologia para países emergentes começou quando multinacionais - como Texas Instrument, Motorola e IBM - descobriram a Índia.