08/02/22 14h53

MPEs paulistas miram exportação em missão do Sebrae-SP aos Emirados Árabes Unidos

Sete pequenas indústrias de alimentação do Estado de São Paulo participarão de rodadas de negócios com compradores internacionais dentro da Missão Gulfood ,em Dubai. Na bagagem, produtos como chocolate, cervejas, espumas para drinks, bananinhas, xaropes d

Sebrae-SP

Nos próximos dia 18 de fevereiro, os empresários que acompanharão a Missão Internacional Gulfood do Sebrae-SP, nos Emirados Árabes Unidos, terão a oportunidade de expor seus produtos para compradores internacionais. Além da visita a Gulfood, importante feira mundial de alimentação, e a Expo Dubai 2020, a maior exposição universal que acontece a cada cinco anos, a missão contempla a participação de sete empresas em rodadas de negócios, muitos deles tendo sua primeira chance de internacionalizar seus produtos. 

Segundo a Câmara de Comércio Brasileira, as exportações brasileiras para o Oriente Médio aumentaram quase pela metade em 2021, de US$ 8,8 bilhões para US$ 12,27 bilhões, sendo que as commodities respondem por mais de 70% desse volume, incluindo aves, açúcar, carne bovina, milho e minério de ferro. “É muito importante que os pequenos negócios encarem o mercado internacional em seus planejamentos de expansão de mercado.  E para quem deseja planejar a internacionalização de suas empresas com foco no Oriente Médio e África, os Emirados Árabes podem ser uma excelente porta de entrada para este mercado. Vamos experimentar essa experiência levando sete empresários de pequenos empresas paulistas para as rodadas de negócios com compradores dos Emirados e regiões, que já estão habituados com alguns produtos brasileiros, como alimentos e cosméticos de açaí, por exemplo”, destaca Wilson Poit, diretor superintendente do Sebrae-SP. 

Um dos grandes desafios dos pequenos negócios para acessarem o mercado internacional, além de capital de giro para financiamentos e falta de escala na produção para atender grandes mercados, está na preparação para lidar com as burocracias governamentais e as certificações internacionais. Para ajudar os empresários a passar por todo esse processo, o Sebrae-SP criou o programa Sebrae Trade com consultorias e capacitações como foco neste apoio aos empresários. “As pequenas empresas que desejam acessar mercados internacionais, como o do Oriente Médio, necessitam de estratégias de exportação, adequação de produtos e serviços às regulamentações locais, orientações sobre a cultura do País e como se portar em negociações. Ensinamos todo esse conteúdo, desde a sugestão de adaptação de produtos e embalagens aos padrões dos países que desejam exportar, até a estratégia de produção, técnicas de vendas e pós-venda adequadas”, destaca Ivan Hussni, diretor técnico do Sebrae-SP, que acompanhará o grupo. 

Perto de realizar o sonho de internacionalização dos seus produtos, Sophie Victória Asmussen, da Asmussen Produtos Orgânicos de Cambuci, indústria alimentícia familiar localizada em Natividade da Serra, interior de São Paulo, está com muita expectativa para encontrar nesta missão a porta de entrada dos seus produtos para o mundo. “Estamos nos preparando para apresentar os produtos em inglês, com muita expectativa sobre esse apoio do Sebrae tanto nessa tradução, quanto na ponte com os possíveis clientes selecionados para o nosso perfil lá em Dubai. Trabalhamos com frutas nativas da mata atlântica, nutritivas, orgânicas e saudáveis, que é um produto diferente até para o Brasil e sabemos que existe muito interesse nesse tipo de produto nos Emirados Árabes Unidos. Estamos muito confiantes que podemos voltar de lá com uma clientela nova, até porque sabemos o quanto são preocupados com sustentabilidade que é o propósito da nossa empresa”, destaca a empresária. 

Para apoiar os empresários da indústria que desejam aproveitar a missão para fazer negócios, o Sebrae-SP, em parceria, com a B2Brazil disponibilizará uma página customizada com fotos e informações dos produtos dentro da plataforma da B2Brazil, traduzidos em três línguas, que será enviada aos grupos de compradores nos Emirados Árabes Unidos. São produtos como areosois para indústria de alimentos, corantes alimentícios, chantily vegano, espuma de drinks, chocolates, bananinhas, farinhas e shakes de frutas, geleias, chutneys, xaropes de frutas orgânicas, cervejas, entre outros. O objetivo é propiciar oportunidades para essas empresas que já estão preparadas para o processo de internacionalização. 

De olho nas novidades da indústria de alimentos e com 30 anos de experiência no mercado nacional, Renato Gibertoni Filho proprietário da Aidu, indústria de alimentação localizada em São Paulo, está ansioso para a primeira experiência de internacionalização da empresa. Estão levando para exposição produtos alimentícios para consumo direto como aerosol como óleo de coco, chantilly vegano, espumas para drinks e produtos utilizados na produção de alimentos como anti-mofo, dourador de pães vegano, aerosol desmoldantes de formas, entre outros. “Somos uma pequena empresa focada no desenvolvimento de produtos de ponta, inovadores no ramo alimentício, fabricado por poucas empresas no mundo e que tem a sua utilização no dia a dia. Já conhecemos bem o mercado brasileiro e agora, em função da maturidade que a empresa atingiu, iniciamos um trabalho de exportação e nossa expectativa nessa viagem está muito grande porque vemos sinergia entre os nossos produtos e o mercado árabe”, afirma o empresário. 

Elisa Mussolino da Nutryvitta, localizada no Vale do Ribeira, já teve uma experiência internacional pontual em uma exportação para países americanos há algum tempo e acredita que essa oportunidade em Dubai será um novo começo desse processo de internacionalização da empresa. “Estamos muito felizes com a oportunidade de entender como funciona o mercado árabe, analisar o potencial dele para a nossa empresa, conhecer pessoas novas e a operação dos negócios que visitaremos. Sabemos que nosso produto tem características muito próximas do que o mercado árabe busca, mas queremos mesmo é expandir a visão, agregar conhecimento, independente de voltar ou não com algum negócio fechado”, completa a empresária. 

Para conhecer os produtos brasileiros que participarão da exposição nas rodadas de negócios acesse o link https://b2brazil.com.br/mix/sebrae-emirados 

Passos para iniciar ou melhorar a performance internacional: 

1 – Pesquise sobre o país – um dos pontos importantes é conhecer um pouco da cultura e exigências dos países importadores. Essas informações estão disponíveis no site da Apex e com elas dá para entender a performance de produtos e serviços que poderia interessar a eles, bem como o seu diferencial frente aos concorrentes. 

2 – Conheço o produto – quando for pesquisar produtos similares ao que tem para oferecer, procure saber as exigências daquele país para seu produto. Pode haver algum ingrediente específico que pode ser comercializado aqui e no país de destino pode ser considerado maléfico. Se a embalagem precisar ser alterada para atender exigências de outros países, sua empresa teria essa flexibilidade? 

3 – Invista em idiomas – Se comunicar em inglês e, de preferência, em espanhol é importante para participar de eventos internacionais e negociações. 

4 – Divulgação – Mesmo que ainda não tenha clientes ou países em mente, é importante ter um site com a apresentação dos produtos da empresa em inglês e espanhol. Isso permite a divulgação internacional para os mercados-alvos estudados para sua empresa. 

5 – Calcule os valores antes – É necessário já ter calculado antes o preço dos produtos em dólar ou euros para pedidos mínimos, já considerado o modal (meio de transporte), como FOB Santos, CPT aeroporto ou, pelo menos, Ex-works ( que são os internacionais de comércio). 

6 – Meios de pagamento – Ofereça opções de pagamento: transferência bancária, cartão de crédito, Paypal e afins. Sua empresa precisa conhecer os principais meios de pagamento seja para o e-commerce ou pedidos manuais. 

7 – Amostras – Em missões ou rodadas de negócios, leve na mala amostras de produtos ou envie pelos correios ao evento ou hotel, para que possa deixar com possíveis compradores. Dependendo do valor e quantidade, pode ser que precise emitir o ATA Carnet na Confederação das Indústrias. E fique atento às exigências locais para amostras de alimentos, bebidas e cosméticos, por exemplo. 

8 – Tenha cautela – Não se empolgue com oferta de grandes pedidos, busque sempre mais informações antes de ações que custem muitos recursos financeiros. Os pagamentos devem ser sempre antecipados ou garantidos. 

fonte: http://www.sp.agenciasebrae.com.br/sites/asn/uf/SP/mpes-paulistas-miram-exportacao-em-missao-do-sebrae-sp-aos-emirados-arabes-unidos,b20fc33ecc4de710VgnVCM100000d701210aRCRD