Movimento do comércio popular indica retomada do crescimento

O Estado de S. Paulo

O Largo do Japonês, no bairro da Cachoeirinha, zona norte paulistana, é repleto de lojas de comércio popular. Por esse motivo, serve de termômetro para mostrar como anda o varejo. E, pelo que dizem comerciantes e o movimento dos clientes indica, não há por que duvidar que a economia do País segue na direção da retomada do crescimento.

Adalberto Ramos, gerente da Mônica Calçados, está animado. Mal a coleção de inverno chegou, a clientela correu para conferir. "O crescimento tem sido consistente. A previsão para a alta temporada de inverno, entre junho e julho, é de vender pelo menos 7% mais que em 2009." Perto dali, os clientes reviram as novidades na loja de moda jovem Versão Brasil. "As vendas dobraram entre março do ano passado e deste ano", conta a gerente Talita Araújo. Ela explica que no início do ano passado os consumidores ficaram um pouco ressabiados, mas as vendas começaram a crescer ainda mais "do fim de março para cá".

A boa fase também chegou ao setor de materiais de construção. Walter Yogui administra a loja Imirim, na zona norte, da rede Okinalar. As vendas aumentaram 15% na comparação entre os meses de março de 2009 e 2010. "Quando a crise estourou, houve uma certa retração, mas as classes C e D continuaram a comprar", conta o empresário.