14/06/10 11h07

Morena Rosa investe 40% mais

Valor Econômico

O grupo Morena Rosa, de Cianorte, interior do Paraná, planeja investir R$ 13 milhões (US$ 7,2 milhões) em marketing neste ano, 40% a mais do que a verba do ano passado. Recentemente, um de seus fundadores, Marco Franzato, foi a Nova York acompanhar a produção de sua nova campanha publicitária de verão, com a top inglesa Naomi Campbell, a mesma que foi vista em outdoors da grife com a coleção de inverno. Ele diz que a contração de Naomi faz parte da estratégia de fortalecer a marca. A intenção é renovar o contrato com a top model porque os resultados foram bons. "Fechamos o semestre com 30% de crescimento nas vendas, muito além do mercado e acima de nossa previsão".

Franzato está em busca de locais para instalar quatro lojas-conceito até 2012, sendo uma em São Paulo, no segundo semestre. A primeira foi aberta em Balneário Camboriú em 2007. Além da de São Paulo, outras devem ser instaladas no Rio, em Salvador e em Belo Horizonte. Para 2010 estão previstos investimentos de R$ 12 milhões (US$ 6,7 milhões), além dos R$ 13 milhões (US$ 7,2 milhões) em marketing. O empresário também toca os planos que foram traçados até 2020, quando ele planeja obter receitas superiores a R$ 1 bilhão (US$ 556 milhões) e ver a empresa como uma das maiores da área de moda do país.

Entre os muitos alvos, Franzato não descarta no futuro o lançamento de ações em bolsa para a captação de recursos que possibilitem aquisições de empresas. Os primeiros passos estão sendo dados, com a criação de uma holding que vai abrigar em 2011 as quatro marcas do grupo: Morena Rosa, Maria.Valentina, Zinco e Joy, esta última uma grife infantil de Sorocaba comprada em 2009. Ele e os outros sócios também estão organizando a gestão dos demais negócios do grupo, que envolvem hotel, emissora de rádio e imóveis.

Criada em 1993 por três cunhados, com investimento inicial de US$ 8 mil cada, a Morena Rosa é hoje uma das maiores confecções do Paraná e sua sede fica em um dos principais polos de vestuário do Brasil. Gera 1,9 mil empregos diretos, 3 mil indiretos e deve faturar R$ 240 milhões (US$ 133 milhões) em 2010, 20% mais que no ano passado. A fatia das exportações, que hoje é de 1% das vendas, ele quer elevar para algo próximo a 10% em cinco anos. O empresário acrescenta que não vende mais ao exterior porque teria de aumentar a produção e falta mão de obra para isso. "É nossa maior preocupação", diz, sobre a falta de pessoal qualificado. Mesmo assim, já vende para clientes do Japão, Estados Unidos e países da Europa e da América do Sul.