Mogi pretende investir US$ 50 milhões para concluir obras do anel viário
Projeto, que prevê interligação das rodovias Mogi-Bertioga, Mogi-Salesópolis e Mogi-Guararema, foi apresentado por representantes da Prefeitura aos vereadores, que precisam dar aval à gestão para fazer o financiamento
O DiárioA Prefeitura de Mogi das Cruzes encaminhou à Câmara Municipal, o projeto de lei que solicita autorização do Legislativo para contratar uma operação de crédito no valor de US$ 50 milhões. Os recursos são destinados às obras de conclusão do anel viário da cidade. Dois novos trechos devem ser construídos em cinco anos, com as interligações das rodovias Mogi-Bertioga, Mogi-Salesópolis e Mogi-Guararema.
Por se tratar de uma quantia vultuosa de recursos para uma obra de grande porte, os secretários municipais Cláudio Rodrigues (Planejamento e Urbanismo) e Maurício Juvenal, (Governo) estiveram na Câmara, nesta quarta-feira (26) para explicar os detalhes do projeto e pedir o apoio dos vereadores na aprovação da matéria.
A obra deve ser financiada pela Corporação Andina de Fomento (CAF), com a garantia da União, no âmbito do Programa Mais Mogi. A proposta da Prefeitura já foi aprovada pelo Ministério da Economia. Porém, para avançar para as próximas etapas até a concretização do contrato de financiamento precisa da aprovação da Câmara Municipal.
Estão previstas a execução de projetos de mobilidade, de desenvolvimento rural e turístico, bem como a implementação de ações socioambientais e saneamento básico. O objetivo da Prefeitura é iniciar os serviços em 2024.
Durante a apresentação do projeto, em plenário da Câmara, o secretário de Planejamento explicou que serão construídos dois novos trechos, com traçados que vão passar pela zona rural, contribuindo com o setor, além de tirar o trânsito e o tráfego pesado de caminhões do centro da cidade.
O novo corredor será composto por dois trechos descontínuos que se iniciam na região da Vila da Prata e Conjunto São Sebastião e serão conectados entre si pela SP 88. O trecho Sudeste terá 3, 9 km e será uma rodovia desenvolvida em uma estrada existente exceto na travessia do Rio Tietê, que será com uma ponte de aproximadamente 600 m de extensão. O trecho dois, Sul, terá 4,1 km, utilizando também uma estrada já existente que interliga Cocuera a César em parte com novo traçado já tem estudos é
O projeto beneficiará especialmente a região de César de Souza, um distrito que vem crescendo muito nos últimos anos com a exploração imobiliária e que precisa desses investimentos na área de mobilidade. O local está recebendo também as obras do programa Mais Mogi.
De acordo com Rodrigues, esse financiamento vai contruibir com o desenvolvimento econômico e ambiental da região de César, com a construção de novos parques e sistemas viários. Ele cita que está prevista a construção de um terminal de ônibus na região, já planejando a extensão da linha férrea da Companhia Paulista de Trens metropolitanos (CPTM) até César de Souza. Haverá ainda Iluminação inteligente na região leste da cidade; uma rota cicloviária sudeste; e a construção do Parque Brejinho.
O secretário municipal de Governo, as contas estão equilibradas e a Prefeitura tem suporte para contrair esse financiamento desse vulto. São poucos os municípios que tem condições e capacidade de captar um recurso dessa grandeza”, ressaltou.
Ele disse que a opção foi pelo CAF por oferecer juros menores, previstos em 3,5% ao ano. Prazo para pagamento é de 18 anos, com cinco anos de carência
Mais Mogi
As obras do anel estão integradas ao projeto Mais Mogi, que tem como objetivo geral promover adequações ao sistema de mobilidade urbana, desenvolvimento, valorização ambiental, turismo e conectividade da cidade, especialmente na região Sudeste, articulando a conexão direta entre os quatro eixos da cidade com a implantação de uma infraestrutura moderna e sustentável, alinhada com as principais estratégias e planos de crescimento do Município e da Região do Alto Tietê, compreendendo investimentos de US$ 62,5 milhões (sendo US$ 50 milhões financiados pela CAF).
O anel viário começou a ser construído na década de 1980 pelo então prefeito Antônio Carlos machado Teixeira. O projeto teve continuidade nos governos do prefeito Waldemar Costa Filho. O último trecho foi feito pelo governo Junji Abe.