Missão técnica identificou US$ 100 mi em negócios
Valor Econômico 31/08/10
Uma missão técnica feita em maio, à França, com dez empresários do setor aeroespacial brasileiro, identificou oportunidades de negócios avaliadas em mais de US$ 100 milhões. Segundo a diretora da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), responsável pela organização da missão em parceria com a União Europeia, Maria Luiza Campos Machado Leal, o intercâmbio de pequenas e médias empresas do setor com os principais grupos aeroespaciais europeus, como Airbus, Eurocopter e Saab, integra um programa mais amplo de preparação dos fornecedores brasileiros para atuarem no mercado internacional."O objetivo dessas ações é desenvolver um programa de capacitação junto às empresas do setor para que eles se qualifiquem e atendam ao nível de exigência dos fornecedores estrangeiros", disse. Além das missões aos principais grupos empresariais europeus, a ABDI, em conjunto com o Cecompi (Centro para a Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista), também está produzindo uma série de documentos, que sistematizam os requisitos técnicos de qualidade que devem ser seguidos pelas empresas brasileiras para atingir um nível de competitividade global.
"Também estamos realizando vários seminários de multiplicação das experiências acumuladas durante as visitas e para distribuir os documentos que estamos produzindo", comentou. O Projeto de Apoio à Inserção Internacional de Pequenas e Médias Empresas Brasileiras (PAIIPME) é co-financiado pela União Europeia e executado pela ABDI.
Em junho, o polo aeroespacial Pegase, principal concentração de empresas fornecedoras do setor de helicópteros da França, assinou um acordo de cooperação com o Cecompi, que atua como gestor executivo do polo aeroespacial brasileiro. "O objetivo do acordo é ajudar as micro e pequenas empresas do nosso 'cluster' a aumentarem a sua competitividade no mercado internacional, através do intercâmbio de novas tecnologias e do treinamento de profissionais e estudantes em universidades e empresas vinculadas ao cluster francês, disse Agliberto Chagas, gerente-executivo do Cecompi.