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Ministério da Saúde e BNDES elaboram nova política para o setor

Valor Econômico - 09/10/2007

Prevendo o fim do plano de fortalecimento da cadeia farmacêutica, o Ministério da Saúde e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) elaboram as linhas gerais do novo programa de apoio à saúde, ampliando seu escopo de atuação. "O programa abrangerá do fomento à pesquisa às operações industriais", diz o secretário de ciência, tecnologia e insumos estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães. Segundo ele, a intenção é englobar outras áreas além dos medicamentos e fármacos, previstas no plano atual. "O programa vai atuar em vacinas, dispositivos de diagnósticos, equipamentos e hemoderivados", diz. Lançado em 2004, o Profarma do BNDES, que prevê o incentivo à produção, pesquisa e desenvolvimento (P&D) e a fusão e incorporação de empresas, terminará em dezembro. Com a posse do ministro José Gomes Temporão na Saúde, no início do ano, começou a ganhar relevância nas discussões do novo programa a formação de um complexo produtivo de saúde, um "conjunto dos segmento de produção ligado ao complexo de serviços de saúde", na visão de Guimarães. Como exemplo da gestão da Saúde na área, Guimarães citou o recente acordo assinado com a francesa LFB (Laboratório de Fracionamento e Biotecnologia), que prevê a transferência da tecnologia de fracionamento de plasma à Hemobrás, a fábrica de derivados de sangue do governo, de Pernambuco. Com a fábrica, o governo conseguirá reduzir suas vulnerabilidades nesta área, diz, com a redução das importações. O valor do contrato é de R$ 16 milhões (US$ 8,8 milhões) até 2010. A partir do dia 22, o Ministério da Saúde promoverá um seminário, de três dias em Brasília, para debater as prioridades da saúde, com ênfase na área de ciência e tecnologia.