11/06/10 12h16

Microservice investe para abocanhar fatia do mercado de blu-ray

DCI

A Microservice, fornecedora de mídias como CD, DVD, CDRom e outros, vê na popularização dos televisores de plasma e de LCD uma oportunidade para alavancar as vendas de discos blu-ray, tecnologia que oferece qualidade de som e imagem superior à do DVD comum. Neste ano a empresa espera crescimento de 30% sobre os R$ 400 milhões (US$ 222,2 milhões) de faturamento no ano passado. De acordo com a gerente de Marketing da empresa, Cibele Fonseca, a queda do preço dos aparelhos de blu-ray, somada ao grande volume de vendas de telas neste ano, vai gerar uma disseminação dos discos no Brasil. "A Copa ajudou a venda de televisores; agora o segundo passo do consumidor é equipar os televisores com aparelhos blu-ray."

Segundo ela, a participação dos discos nos negócios da empresa deve saltar de 1% para 5% até o final de 2010. Para Cibele a procura pelas mídias deve apresentar crescimento ainda mais acelerado nos próximos anos, com a chegada das telas em terceira dimensão (3D). "Investimos R$ 10 milhões (US$ 5,6 milhões) para fabricar as mídias no País". Até dezembro, a Microservice deve fazer 500 mil discos com a tecnologia. "Mas acho que o grande negócio mesmo será quando popularizar a TV 3D no Brasil", disse ao DCI. A gerente contou também que a empresa pretende colocar no mercado pen drives da marca própria Youts, que já comercializa mídias no Brasil. "Estamos buscando fornecedores na China, mas também estudamos fabricar aqui futuramente."

O setor de tecnologia como um todo está bem no País, tanto que as empresas brasileiras estão dispostas a gastar mais com soluções tecnológicas. Segundo levantamento do Gartner, os serviços de tecnologia da informação (TI) no País somarão US$ 22,1 bilhões de investimento em 2013. A cifra é bem superior aos US$ 15,8 bilhões gastos em TI há dois anos. Para 2010, projetam-se aportes US$ 16,5 bilhões das empresas brasileiras nos serviços de TI. "Os CIOs brasileiros adotam mais agressivamente a terceirização do que os de outros países", afirmou Cassio Dreyfuss, vice-presidente de Pesquisa do Gartner e presidente da Conferência Outsourcing América Latina 2010. Segundo o estudo, os recursos serão gastos principalmente em serviços.