15/01/13 14h05

Micro e pequenas paulistas devem crescer 8,5% em faturamento em 2012

Brasil Econômico

Em novembro, MPEs de São Paulo tiveram alta de 4,7% na comparação anual. Comércio tem melhor desempenho: 10,2%

As micro e pequenas empresas paulistas devem registrar um aumento de 8% a 8,5% no faturamento real em 2012. A perspectiva positiva é do Sebrae São Paulo, que ontem divulgou os resultados das MPEs do estado referentes a novembro do ano passado. Naquele mês, o faturamento do setor apresentou alta de 4,7%, já descontada a inflação, em comparação com igual período de 2011.

A receita total das MPEs superou em R$ 2 bilhões o valor de novembro de 2011, atingindo R$ 45,1 bilhões. Segundo o Sebrae, a evolução da renda do trabalhador e a alta taxa de ocupação da economia foram os principais fatores para o desempenho “razoável” das empresas a partir do segundo semestre de 2012. A taxa de desemprego em novembro foi de 4,9%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a menor da série histórica desde 2002. “Com as vendas de Natal, também esperamos um aumento real em dezembro sobre igual mês de 2011”, afirma Pedro Gonçalves, consultor do Sebrae-SP.

O resultado acumulado do ano passado deve ter maior influência dos setores de comércio e serviços. Ambos representam 90% das MPEs paulistas. Já na comparação entre novembro e outubro de 2012, a receita real das MPEs caiu 5,5%.

Entre os setores, o comércio mostrou o melhor desempenho em novembro ao expandir 10,2%. A indústria, por sua vez, teve alta de 5,8%, enquanto serviços caiu 3%. Essa queda, diz Gonçalves, teve influência da alta base de comparação de novembro de 2011 — 13,8%, sobre mesmo mês de 2010. Ele ressalta, no entanto, que o setor sofreu apenas dois recuos em faturamento desde janeiro de 2010, na comparação com igual período do ano anterior. Serviços também contribuiu para o resultado negativo do faturamento das MPEs instaladas na cidade de São Paulo em novembro, de 2,9%. A queda foi ainda maior na Região Metropolitana, de 3,2%. Os números da capital e entorno contrapõem as altas observadas no interior e Grande ABC — 13,4% e 2,8%, respectivamente.

Neste ano, Gonçalves afirma que as MPEs devem continuar com algum ganho sobre uma base já “expressiva”. “O cenário, de forma geral, é mais positivo”, diz, sobre as perspectivas até dezembro. Além dos riscos externos, como efeitos da crise na Europa e redução da sua demanda por exportações, o consultor alerta sobre outra preocupação doméstica: a inflação. “É importante considerar em 2013 o comportamento dos preços”, observa, em relação às previsões de alta do IPCA, longe do centro da meta de 4,5%.

De acordo com pesquisa do Sebrae- SP, 52% dos micro e pequenos empresários acreditam na manutenção dos rendimentos no primeiro semestre deste ano.