04/11/09 11h25

MFS Flux negocia novas tecnologias e vai montar segunda fábrica em SP

Valor Econômico

Investimento de R$ 6 milhões (US$ 3,5 milhões) em uma nova fábrica e na transferência de duas novas tecnologias para o Brasil fecham este ano os planos de expansão da MFS Flux, empresa especializada no tratamento de efluentes, e reforçam a expectativa da companhia de atingir em 2010 o faturamento de R$ 50 milhões (US$ 29,1 milhões), o dobro do estimado para 2009. A nova fábrica será construída em São Bernardo do Campo (SP), onde a empresa já tem uma unidade dedicada à fabricação de secadores de lodo e peças usinadas usadas nos projetos da própria MFS Flux. Os recursos investidos nos novos projetos são todos próprios.

A nova fábrica será construída para produção do carbonflux, um carvão destinado à retirada do óleo tanto na água quanto no solo. A tecnologia é russa e a primeira máquina para iniciar a produção chega em dezembro ao país, junto com uma equipe de técnicos russos para treinamento dos funcionários brasileiros. "Inicialmente queremos atender o mercado interno de petróleo e petroquímica, que juntos já têm um potencial enorme, mas estamos olhando também oportunidades na América do Sul", diz Marco Minerbo, diretor e sócio da MFS.

O investimento na fábrica e no acordo com os russos - Minerbo não informa o nome do parceiro - será de R$ 4 milhões (US$ 2,3 milhões). Quando estiver operando a plena carga, já no próximo ano, serão necessários cerca de 100 funcionários, para produção, comercialização, vendas e assistência técnica. A unidade já em operação emprega entre 35 e 40 funcionários. Minerbo conta que mais de 90% desse tipo de carvão produzido no mundo vai para o setor de petróleo e petroquímico, mas ele pode ser usado em todos os segmentos que utilizam óleo em seus processos de produção e precisam tratar os efluentes. Cerca de um quilo desse carvão é capaz de absorver perto de 45 quilos de óleo e o produto ainda pode ser utilizado várias vezes.

Os outros R$ 2 milhões (US$ 1,16 milhão) estão sendo investidos em um acordo em fase de negociação com um parceiro japonês para importação do turboflux, um polímero usado para purificação dos efluentes. O produto separa a parte orgânica da água. Segundo Minerbo, testes feitos em uma companhia do setor de papel e celulose mostraram que o uso do novo produto reduz em 75% o tempo do processo de purificação.