19/08/09 11h09

Mexilhão entra em operação em 2010, prevê Petrobrás

Valor Econômico

O campo de gás de Mexilhão, na Bacia de Santos (SP), deverá entrar em operação em maio do próximo ano com quase dois anos de atraso em relação ao cronograma original. O plano diretor do campo, aprovado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) em outubro de 2006, previa início da produção em 2008, alcançando o pico em 2009. Agora, segundo a ANP, a Petrobras, concessionária do campo, apresentará em janeiro de 2010 uma revisão do plano diretor, prevendo o início da produção para maio do mesmo ano.

Quando atingir o pico, Mexilhão produzirá 15 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, metade do limite de importação do gasoduto Bolívia-Brasil. Quando foi descoberto, em abril de 2001, o campo chegou a ser comparado à Bolívia, em alusão às suas características de campo gigante, com reservas estimadas em 420 bilhões de m3. Hoje as reservas são estimadas em 72 bilhões de m3, ainda assim, o maior campo de gás natural do Brasil.

A plataforma, contratada por R$ 1,2 bilhão (US$ 631,6 milhões), está sendo construída pelo Estaleiro Mauá (grupo Synergy). A plataforma será ligada à unidade de processamento de gás que está sendo construída em Caraguatatuba (SP) por um duto de 170 quilômetros, sendo apenas oito em terra. Alencar disse que a tubulação de 34 polegadas já foi lançada ao mar e que falta fazer seu enterramento e comissionamento (preparação para operar).

A unidade de processamento de Caraguatatuba terá ao longo de 2010 capacidade para 18 milhões de m3/d de gás e sua construção está contratada por R$ 1,4 bilhão (US$ 736,8 milhões). Alencar disse que já há projeto para ampliar sua capacidade de processamento para 27 milhões de m3/d de gás natural. O sistema se completa com um gasoduto de 94 quilômetros ligando Caraguatatuba a Taubaté que, segundo Alencar, também já está com obras em andamento. Além de processar o gás de Mexilhão, a plataforma do campo receberá também a produção de gás associado a petróleo do campo de Uruguá-Tambaú e do projeto piloto do campo de Tupi. No conjunto, eles chegarão a produzir 13 milhões de m3/d de gás.