07/01/10 12h02

Metade das empresas prevê ampliar capacidade este ano

Valor Econômico

Quase metade das indústrias (48%) pretende ampliar os investimentos neste ano, enquanto 17% projetam que haverá diminuição no valor dos aportes, de acordo com sondagem realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A melhora do ambiente dos negócios, a elevação do nível de uso da capacidade instalada e da confiança dos empresários se refletiram nas previsões. Todas as projeções para 2010 são mais favoráveis do que as feitas para 2009, quando o setor foi afetado pela crise internacional, mas são inferiores ao que se esperava para 2008.

A maior alta na previsão de investimentos foi registrada em bens duráveis de consumo, cujo percentual de aumento é o maior da série (58%). A elevação da renda, a prorrogação da redução do IPI em alguns segmentos e as condições favoráveis do crédito devem sustentar o dinamismo do setor, de acordo com a FGV, que consultou 762 empresas, com vendas totais de R$ 459,9 bilhões (US$ 267,4 bilhões) em 2008.

Na área de bens de capital, que reflete o aumento de investimentos em máquinas e equipamentos, 14 dos 21 itens pesquisados apresentaram previsões superiores às de 2009, e sete, inferiores. O setor está sendo influenciado pela política de incentivos do governo, como as desonerações tributárias, e pelo programa de sustentação dos investimentos do BNDES, que oferece uma linha de crédito a juros baixos e prazos longos.

Neste ano, pela primeira vez, a faixa que atingiu maior percentual entre os empresários que pretendem ampliar investimentos é a de expansão acima de 20% - apontada por 33% dos entrevistados. O crescimento entre 10,1% e 20% é previsto por 20% das empresas, enquanto 32% esperam ampliação entre 5,1% e 10%. Outros 15% acreditam em alta entre 0,1% e 5%.

A parcela de empresas que projetam aumento das vendas em 2010, já descontada a inflação do período, é de 69%, acima de 2009 (62%), mas abaixo de 2008 (71%). A proporção de empresas que planejam faturar menos diminuiu de 12% para 8%. A sondagem também prevê ampliação do quadro em 2010, mas em percentual inferior ao dos investimentos e do faturamento. De acordo com a pesquisa, 40% empresas pretendem contratar, enquanto 12% programam demissões.