09/12/08 10h38

Mesmo sem fila, Scania está otimista para 2009

Gazeta Mercantil - 09/12/2008

Apesar das incertezas sobre o tamanho do mercado automotivo no próximo ano, mesmo assim a Scania está confiante na manutenção do ritmo de produção e do nível de emprego na sua fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Hoje a idade média da frota da caminhões no País está entre 15 a 16 anos. Mundialmente, a Scania trabalha com 20% da sua força de trabalho flexível, mantendo em suas fábricas empregados contratados, estudantes e profissionais temporários. No Brasil a montadora sueca mais que quadruplicou a produção de veículos comerciais nos últimos seis anos - passou de 4.880 unidades em 2002 para 21 mil unidades em 2008 - e, para atender a surpreendente demanda que se manteve forte no País até setembro, teve de implantar o terceiro turno na linha de usinagem. Expediente, que segundo Podgorski, presidente da empresa, deverá ser mantido em 2009. Para garantir o bom desempenho das vendas de caminhões e ônibus no País em 2009, a Scania vai colocar em operação no primeiro trimestre o seu próprio banco - Banco Scania - para complementar os serviços de financiamentos que são feitas atualmente pelo Bradesco, ABN Amro, Unibanco e Banco do Brasil. A intenção da empresa, segundo Podgorski, é que o banco da empresa chegue a 20% de participação nos financiamentos de veículos da marca. "Vamos continuar operando com a linha Finame, que financia 80% do valor do veículo em até 60 meses", disse o diretor da Scania. Apesar da forte retração dos negócios no mercado brasileiro a partir de outubro, por causa da crise financeira global, a Scania conseguiu bons resultados em 2008. Até novembro a empresa vendeu 7.447 caminhões no País, o melhor resultado desde que a montadora se instalou no País há 51 anos. Em outubro a montadora teve seu primeiro recorde histórico mensal mundial, com a venda de 1.083 caminhões pesados, volume 35% maior que outubro de 2007 e 54% acima de setembro deste ano. Em 2008, a estimativa é de 8 mil caminhões veículos, volume 23% a mais que em 2007 (6.505 unidades) Podgorski afirmou que, com a retração da demanda, a empresa conseguiu normalizar a fila de espera no Brasil. O prazo de entrega do caminhão 6x4 e 8x4 - modelos mais caros que são destinados para o mercado canavieiro, de mineração e construção civil - a fila era de 180 dias. Já para o modelo 4x2 o tempo de entrega chegou no primeiro semestre a 90 dias. Para 2009, a Scania tem encomendas bastante consistentes, segundo Podgorski.