06/01/10 10h34

Mercedes-Benz recebe US$ 697,7 milhões do BNDES

O Estado de S. Paulo

A Mercedes-Benz obteve ontem a liberação de empréstimo de R$ 1,2 bilhão (US$ 697,7 milhões) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ampliação da capacidade produtiva de caminhões e ônibus da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e também para o desenvolvimento de novos veículos e motores menos poluentes. O montante está incluído no programa de investimento de R$ 1,5 bilhão (US$ 872,1 milhões) anunciado pela montadora para o período de 2009 a 2011. De acordo com o BNDES, parte do investimento na ampliação da produção já foi concluída no ano passado e consistiu na aquisição de máquinas e equipamentos fabricados no Brasil. A empresa ampliou sua capacidade produtiva em mais de 20%, de 55 mil para 67 mil veículos ao ano.

Os recursos aportados, informou o BNDES, preveem a construção de três novos prédios para abrigar atividades de manutenção de máquinas, fabricação de protótipos, revisão final de caminhões e fabricação de embalagens. Ao todo, o programa previa a contratação de 1,9 mil funcionários. A empresa informou que em setembro contratou 1,3 mil pessoas e, neste mês, está selecionando mais 300 trabalhadores.

No ano passado, até setembro, o BNDES desembolsou R$ 5 bilhões (US$ 2,9 bilhões) para empresas do setor automobilístico brasileiro, de um total de R$ 9,4 bilhões (US$ 5,5 bilhões) solicitados. O montante é recorde, segundo consta no relatório do banco que relaciona os pedidos de empréstimos subsidiados desde 2003. Entre as montadoras que anunciaram novos planos de investimento no fim do ano passado, a Renault já informou que a maior parte do R$ 1 bilhão (US$ 581,4 milhões) previsto para ser aplicado nos próximos três anos deve vir de recursos do BNDES. A General Motors aguarda liberação de montante já solicitado ao banco para completar um programa de R$ 2 bilhões (US$ 1,2 bilhão) anunciados em julho. Já a Volkswagen informou que não vai recorrer ao BNDES para o projeto de R$ 6,2 bilhões (US$ 3,6 bilhões) previsto para o período de 2010 a 2014.